A cidade do Porto nasceu em terreno acidentado, sobre duas colinas ou morros - o da Sé ou Penaventosa e o da Vitória -, ambos debruçados sobre o Douro. Em 1996, o centro histórico foi classificado pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade, na sequência de um processo de candidatura promovido pela Câmara Municipal e preparado pelo CRUARB/CH. A classificação teve como objecto o velho burgo, espaço onde se multiplicam construções medievais e modernas, arruamentos com vários séculos de existência, de permeio com vestígios arqueológicos dos séculos IV a III a.C.
A área de protecção do Porto Património Mundial corresponde aos arrabaldes da cidade medieval em ambas as margens do rio e inclui monumentos como a Ponte D. Luís I e o Mosteiro da Serra do Pilar. Na margem norte, abrange as freguesias de Miragaia e de Santo Ildefonso e as escarpas dos Guindais e das Fontainhas e, na margem sul, a encosta onde se fixaram as caves de vinho do Porto.
O edifício da Reitoria, na Praça Gomes Teixeira, situa-se em pleno Centro Histórico, numa zona urbana com forte cunho medieval. Rodeiam-no construções notáveis, como o conjunto monumental dos Clérigos (monumento nacional), o edifício da antiga Cadeia e Tribunal da Relação (imóvel de interesse público), convertido no Centro Português de Fotografia em 1997, o antigo Hospital da Misericórdia, actualmente Hospital de Santo António (monumento nacional), a igreja do extinto convento dos Carmelitas Descalços e a Igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo (ambas em vias de classificação).
A construção, de forma quadrangular, é limitada a norte pela Praça Gomes Teixeira e a sul pelo Campo dos Mártires da Pátria e Jardim de João Chagas, mais conhecido por Jardim da Cordoaria. A parte nascente é ladeada pela Rua Dr. Ferreira da Silva, em tempos designada Rua da Academia Politécnica e a poente pela Praça de Parada Leitão.