Teorias e Métodos em Antropologia

Código:

MAF011

Sigla:

TMA

Ocorrência: 2018/2019 - 2S

Ativa?	Sim
Unidade Responsável:	Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais
Curso/CE Responsável:	Mestrado em Estudos Africanos

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla	Nº de Estudantes	Plano de Estudos	Anos Curriculares	Créditos UCN	Créditos ECTS	Horas de Contacto	Horas Totais
MAF	6	MAF - Plano Oficial	1	-	6	54	162

Língua de trabalho

Português

Objetivos

Tendo em mente que a UC faz parte de uma especialização em Antropologia, integrada num Mestrado de Estudos Africanos, sendo por isso possível abrigar estudantes com formações e graus de conhecimento antropológico muito diversos, ela deve atender a várias necessidades em simultâneo. Por um lado, não pode prescindir de fornecer fundamentos teóricos e metodológicos básicos da Antropologia. Por outro lado, deve orientar-se também para problemáticas contemporâneas da Antropologia através das quais se entende poder munir os estudantes com meios reflexivos para a compreensão aprofundada da realidade sóciocultural atual, nomeadamente, africana.

Ao concluir com sucesso a U.C., o estudante deve ser capaz de:

1.Sumariar informação sobre as concepções dominantes do pensamento antropológico ao longo do século XX;
2. Identificar criticamente as principais linhas de rutura e continuidade na história da teoria antropológica;
3. Reconhecer algumas linhas de força da antropologia contemporânea, tanto do ponto de vista teórico como do metodológico;
4. Reconhecer o lugar da etnografia na antropologia;
5. Sumariar informação sobre a metodologia de investigação etnográfica: suas especificidades e potencialidades;
6. Discutir criticamente o exercício da prática etnográfica e da escrita antropológica;

Resultados de aprendizagem e competências

1. Domínio das principais problemáticas estruturantes do campo disciplinar da Antropologia; 
2. Consciência da especificidade e potencialidades da metodologia etnográfica;
3.  Desenvolvimento das capacidades de reflexão e análise crítica fundamentada sobre as realidades sócio-culturais.                         4. Desenvolvimento da capacidade de aprendizagem e incremento da autonomia;   

Modo de trabalho

Presencial

Programa

1.O século XIX e a Institucionalização da Antropologia

2.As Principais Correntes Clássicas: Revisão e Discussão

3.Anos 1960: Colonialismo e Pós-colonialismo

4. A Teoria Interpretativa da Cultura

5. A Etnografia como Relação Intersubjectiva: reconfigurações contemporâneas

Bibliografia Obrigatória

Abu-Lughod, Lila ; “Writing Against Culture”. In Fox, R. (ed.), Recapturing Anthropology. Working in the Present. , Santa Fe: School of American Research Press, 137-162. , (1991).
Appadurai, Arjun ; “The Production of Locality”. In Modernity at Large. The Cultural Dimensions of Globalization. , Minneapolis: University of Minnesota Press, 178-199., (1996).
Birx, H. James, ; 21st Century Anthropology. A Reference Handbook. , London: Sage., (2007).
Boskovic, Aleksandar ; “Socio-Cultural Anthropology Today: An Overview”. , Campos 6 (1-2): 11-26., (2005).
Boskovic, Aleksandar ; Other People’s Anthropologies. , New York and Oxford: Berghahn, (2006).
Cuche, Denys ; A Noção de Cultura nas Ciências Sociais. , Lisboa: Fim de Século., (2001).
Denzin, Norman K. & Lincoln, Yvonna S. ; The Qualitative Inquiry Reader. , London: Sage. , (2002).
Erikson, Thomas. H. & Nielson, Finn Sievert, ; A History of Anthropology. , London: Pluto Press., (2001)
Geertz, Clifford ; A Interpretação das Culturas. , Rio de Janeiro: Zahar, [1973] (1989).
Geertz, Clifford ; O Saber Local. , S. Paulo: Editora Vozes., (2006).
Gluckman, Max ; Antropologia das Sociedades Contemporâneas: Métodos. , S. Paulo: Global., (1987).
Gupta, Akhil & James Ferguson ; “Discipline and Practice: ‘The Field’ as Site, Method and Location in Anthropology”. In Gupta. A. & J. Ferguson (eds.), Anthropological Locations. Boundaries and Grounds of a Field Science. , Berkeley: University of California Press, 1-46. , (1987).
Hannerz, Ulf ; “Fluxos, Fronteiras, Híbridos: Palavras-Chave da Antropologia Transnacional”. , Mana 3 (1), 7-39., (1997).
Hulme, Peter & McDougall, Russell (eds.) ; Writing, Travel and Empire: In the Margins of Anthropology. , London: I.B. Taurus., (2007). . ISBN: 9781845113049
Hutchinson, S. ; Nuer Dilemmas: Coping with Money, War, and the State. , Berkeley: University of California Press., (1996).
Inda, Jonathan & Renato Rosaldo ; “Introduction”. In Inda, J, & R. Rosaldo (eds.), The Anthropology of Globalization. A Reader. , Malden MA-Oxford: Blackwell., (2002).
Kuper, Adam ; Anthropology and Anthropologists: the Modern British School. , London: Routledge., (1996).
Malinowski, Bronislaw ; The Argonauts of the Western Pacific. , London: Routlege., [1922] (1983).
Marcus, George ; “Ethnography in/ of the World System. The Emergence of Multi-Situed Ethnography”. In Ethnography Through Thick & Thin. , London: Routledge, 79-104. , [1995] (1998)
Ortner, Sherry B. ; Theory in Anthropology since the sixties”. , Comparative Studies in Society and History, vol. 26, nº1, pp:126-166., (1984).
Poddar, Prem, Patke, Rajeev S & Jensen, Lars (orgs.); A Historical Companion to Postcolonial Literatures. Continental Europe and Its Empires. , Edinburgh: Edinburgh University Press., (2008).
Portes, Alejandro ; “Convergências Teóricas e Dados Empíricos no Estudo do Transnacionalismo Migrante”. , Revista Crítica de Ciências Sociais 69, 73-93., [2003] (2004).
Mead, Margaret ; Coming of Age in Samoa. , Nova Iorque: William Morrow, [1928] (1984).
Sahlins, Marshall ; Cultura e Razão Prática. , Rio de Janeiro: Zahar., (1979).
Sahlins, Marshall ; O “Pessimismo Sentimental” e a Experiência Etnográfica: Porque a Cultura não é Um “Objecto” em Via de Extinção (Parte I). , Mana 3 (1): 41-73., (1997).
Sahlins, Marshall ; O “Pessimismo Sentimental” e a Experiência Etnográfica: Porque a Cultura não é Um “Objecto” em Via de Extinção (Parte II). , Mana 3 (2): 103-150., (1997).
Stocking Jr., George W. ; After Tylor. British Social Anthropology 1888-1951. , Madison: Wisconsin University Press. , (1995).
Stocking Jr., George W. ; Observers observed. Essays on Ethnographic Fieldwork. , Madison: Wisconsin University Press., (1983).
Tsing, Anna L ; Friction. An Ethnography of Global Connection. , Princeton: Princeton University Press. , (2005).

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

A UC funciona em regime articulado de aulas expositivas/seminário: 1) Aulas expositivas (com suporte visual) por parte do docente; 2) Apresentação de textos previamente distribuídos pelos estudantes; 3) Debate e discussão dos textos apresentados;

Palavras Chave

Ciências Sociais > Antropologia

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação	Peso (%)
Participação presencial	20,00
Trabalho de campo	20,00
Trabalho escrito	60,00
Total:	100,00

Componentes de Ocupação

Designação	Tempo (Horas)
Estudo autónomo	108,00
Frequência das aulas	54,00
Trabalho de investigação	0,00
Total:	162,00

Obtenção de frequência

Os estudantes deverão ler textos de referência indicados para cada sessão. Em cada sessão, tais textos deverão ser apresentadas por um ou mais estudantes. A apresentação de cada texto não deverá exceder 20 minutos e deverá estruturar-se de acordo com o modelo indicado em baixo. Modelo da Apresentação Oral:
1. Introdução: tema principal do texto; principal tese ou teses defendidas pelo autor; três palavras-chave.
2. Apresentação mais desenvolvida do texto: estrutura interna; etnografia mobilizada e principais ideias defendidas; articulação entre os dados empíricos e a teoria, com relevo para a tese (ou teses) principais.
3. Conclusão: avaliação global; méritos do texto; (eventuais questões em aberto);
4. Indicação de duas questões para debate em sala de aula.

Fórmula de cálculo da classificação final

A apresentação oral dos textos (10%) e a assiduidade e participação nas discussões (10%) constituem os elementos avaliativos do seminário, com peso final na avaliação de 20%. No final do semestre, deverá ser apresentado um ensaio individual com o limite máximo de 10 páginas, com valor de 80% na avaliação final.

Provas e trabalhos especiais

Não se aplica.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Os trabalhadores estudantes e outros estudantes com estatutos diferenciados submeter-se-ão às mesmas componentes de avaliação dos restantes estudantes.

Melhoria de classificação

Repetição do ensaio individual(100%).

Observações

Língua de Ensino: português