Cultura Portuguesa da Época dos Descobrimentos
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Estudos Culturais |
Ocorrência: 2023/2024 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Docência - Responsabilidades
Língua de trabalho
Português
Objetivos
1. Aceder e compreender factos e dados fundamentais de carácter histórico, cultural e social que contribuíram para configurar o modo específico do «ser português» e a sua relação com os contextos ibérico, europeu e universal.
2. Reflectir criticamente sobre testemunhos das viagens de descobrimento e problematizar a visão do Outro que neles se patenteia.
3. Situar a participação do Portugal de Quinhentos no processo de abertura da Europa - e a Península Ibérica em particular - a outras civilizações e equacionar a sua influência na determinação da especificidade cultural portuguesa.
Resultados de aprendizagem e competências
No final do curso, espera-se que os estudantes sejam capazes de:
1. Apresentar o quadro global de carácter histórico, cultural e social que contibuiu para configurar o modo específico do «ser português» e a sua relação com os contextos ibérico, europeu e universal.
2. Ler e interpretar criticamente testemunhos relevantes de experiências d eviagens de descobrimento, problematizando a visão do Outro que neles se patenteia.
3. Situar a participação do Portugal de Quinhentos no processo de abertura do Ocidente a outras civilizações e equacionar a sua influência na determinação da especificidade cultural portuguesa.
Modo de trabalho
Presencial
Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)
N/A
Programa
DESCOBRIMENTOS E LITERATURA DE VIAGENS
1. A literatura de viagens como fenómeno de cultura.
1.1. Viagens e viajantes: tipologias, motivações, condicionalismos;
1.2. A viagem como evasão.
2. Da visão de um mundo à compreensão de novas realidades.
2.1. Uma matriz para uma literatura de descobrimento: o «Roteiro» da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia;
2.2. A descoberta e a revelação de um mundo novo para os Europeus: a «Carta» de Pêro Vaz de Caminha;
2.3. O Oriente e o Ocidente em diálogo: a Verdadeira Informação das terras do Preste João, do Pe. Francisco Álvares, e o Itinerário da Índia a Portugal por terra, de António Tenreiro.
3. O português e os mares: os desastres e os sucessos.
3.1. A História trágico-marítima: narrativas de proveito e exemplo.
Bibliografia Obrigatória
POLO, Marco; O Milhão, Editora Educação Nacional, 1944
Luís de Sá Fardilha;
Roteiro da primeira viagem de Vasco da Gama Índia, 1497-199. ISBN: 978-989-746-096-8
CAMINHA, Pêro Vaz de; Carta a D. Manuel I, Livros de Portugal, 1943 (edição de Jaime Cortesão)
TENREIRO, António; Itinerário: em que se contém como da Índia veio por terra a estes reinos de Portugal, Estampa, 1980
BRITO, Bernardo Gomes de (comp.); História Trágico-marítima, Editorial Sul, 1955-56 (edição de António Sérgio)
PINTO, Fernão Mendes; Peregrinação, Lello & Irmão, 1984 (edição de Aníbal Pinto de Castro)
ÁLVARES, Francisco; Verdadeira informação das terras do Preste João das Índias, Europa-América, 1989
AA. VV.; Viagens dos Descobrimentos, Editorial Presença, 1983 (Organização, introdução e notas de José Manuel Garcia)
Bibliografia Complementar
MEJÍA RUIZ, Carmen; NAVAS SÁNCHEZ-ÉLEZ; El oriente maravilloso y exótico. Dos relatos de viaje, Cartea Universitara, 2007. ISBN: 978-973-731-474-I
POPEANGA, Eugenia; Viajeros medievales y sus relatos, Cartea Universitara, 2005. ISBN: 973-731-204-X
CASTRO, Aníbal Pinto de; «Introdução» a «Peregrinação», de Fernão Mendes PINTO, Lello & Irmão, 1984
BROC, Numa; La géographie de la Renaissance (1420-1620), Les Éditions du C.T.H.S., 1986
CRISTÓVÃO, Fernando; Condicionantes culturais da literatura de viagens: estudos e bibliografias, Cosmos, 1999
MARGARIDO, Alfredo; «Os relatos de naufrágios na Peregrinação de Fernão Mendes Pinto», Difel, 1991 (in «Estudos Portugueses. Homenagem a Luciana Stegnano Picchio», pp. 987-1024.)
AA.VV.; Invitación al viaje, Junta de Extremadura, 2006 (coord. de María Luisa Leal, María Jesús Fernandez e Ana Belén García Benito)
GRAÇA, Luís; A visão do Oriente na literatura portuguesa de viagens: os viajantes portugueses e os itinerários terrestres (1560-1670) , Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1983
AA. VV.; Voyager à la Renaissance. Colloque de Tours, 1983, Editions Maisonneuve et Larose, 1987
PINTO, João Rocha; A viagem, memória e espaço: a literatura portuguesa de viagens. Os primeirosrelatos de viagem ao Índico (1497-1560), Livraria Sá da Costa, 1989
MARNOTO, Rita; Il "Marco Paulo" di Valentim Fernandes nella catena traslativa del "Milione", Leo S. Olschki, 2008. ISBN: 9788822257055 (in «Traduzioni, imitazioni, scambi tra Italia e Portogallo nei secoli», pp. 25-38)
ANDRADE, António Alberto Banha de; Mundos novos ao mundo. Panorama da difusão pela Europa de notícias dos Descobrimentos portugueses, Junta de Investigação do Ultramar, 1972
DIAS, J. S. da Silva; Os Descobrimentos e a problemática cultural do século XVI, Universidade de Coimbra, 1973
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
As aulas serão essencialmente teórico-práticas, correspondendo à articulação das metodologias expositivas com as indutivas, centradas no esforço, iniciativa e participação crítica do estudante. Será dada especial relevância à leitura e análise crítica de textos (literários e não literários) e outros «documentos de época». Smpre que possível, será usado equipamento audio-visual.
Palavras Chave
Humanidades > História
Ciências Sociais > Estudos culturais > Estudos sobre a Renascença
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Teste |
100,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Tempo (Horas) |
Estudo autónomo |
108,00 |
Frequência das aulas |
54,00 |
Total: |
162,00 |
Obtenção de frequência
N/A
Fórmula de cálculo da classificação final
Três testes escritos, cada um no final do respetivo ponto do programa.
Provas e trabalhos especiais
N/A
Trabalho de estágio/projeto
N/A
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Não se aplica.
Melhoria de classificação
Tratando-se de uma avaliação distribuída sem exame final, a melhoria de classificação só poderá ocorrer com a repetição dos três testes escritos.