Código Oficial: | 5568 |
Sigla: | DAP |
Descrição: | O Programa Doutoral em Artes Plásticas que agora se apresenta tem como princípio fundamental trazer para a prática investigativa das artes um posicionamento contemporâneo que requer, antes de mais, um olhar atento ao contexto em que se desenvolve e em que se quer envolver. Assim, encara o seu propósito como possiblidade de esclarecimento de algumas respostas decisivas para tentar clarificar as premissas que se apresentam como passíveis de fornecer operatividade ao curso. Talvez a questão central — ainda por resolver – mas em ampla discussão um pouco por todo o lado, seja o que fazer relativamente a um pensamento que nos últimos dois séculos foi moldando as regras do saber, segundo uma matriz disciplinar desenvolvida por especialistas e pensadores quase sempre no interior da Universidade. E de tal forma se foi assimilando o discurso que hoje quase nos esquecemos das possibilidades de um saber que se exclua desta forma. Ora o fazer saber da prática artística, se já uma vez reivindicou a sua condição única ao reclamar a possibilidade de cindir o cisma hegeliano do amo e do escravo (a teoria e a prática) numa outra forma de conhecimento em que a teoria é levada e experimentada em termos práticos — a arte tal como a conhecemos começa aí — hoje, no meio do turbilhão de ideias e posições diversas que se formaram, volta a ser necessária uma clarificação da noção, agora por inclusão, quer dizer, expandindo a sua especificidade de forma de conhecimento para territórios que reconhecem a investigação, também esta, como forma ampla de saber. Propõe-se, assim, uma tentativa de multi-facetar a actividade artística numa simultaneidade territorial que possa ocupar intrinsecamente a chamada arte contemporânea com a participação activa em exposições e, ao mesmo tempo, a investigação nos moldes mais “académicos”, a que um curso deste nível obriga. Contudo, tentando evitar a cisão e mantendo a tónica na inclusão que apela a uma espécie de diálogo entre os dois territórios sem no entanto haver a necessidade de um vencedor. É, portanto, a partir deste princípio que poderemos introduzir a amplitude das possibilidades investigativas em aberto: para todos aqueles que possuem prática artística mas, também, para quem quer investigar sobre esta, ou seja, duas visões que podem conviver de forma endo e exógena. Mas uma investigação, por mais heterodoxa que se queira apresentar, representa e representa-se por um acto de pesquisa e de busca em direcção a um aprofundamento sempre necessário. Assim, a investigação necessita, obviamente de uma componente teórica que permita a sistematização da prática no envolvimento de questões que dali podem e/ou devem partir mas que, por certo, não se deixarão confinar a esse território de acção para se concentrarem na produção pura de pensamento a partir da experimentação prática que é desenvolvida. A premência do fazer saber, outra vez. |
Posicionamento reflexivo dos estudantes enquanto artistas inscritos na universidade;
Consideração crítica e experimentação no território da investigação em arte;
Trabalhar competências de escrita para a preparação da tese de doutoramento em artes visuais, a partir dos seus projectos de investigação;
Reconhecer especificidades de formas de investigação e de comunicação da investigação no campo das artes visuais;
Consideração e exploração das dimensões materiais da investigação em arte.
A Unidade Curricular (UC) visa introduzir os estudantes às questões metodológicas que advêm da nova fase, já em autonomia, no segundo ano do curso e em acompanhamento da UC tese.
Tem definidos como objectivos os seguintes pontos:
- Abordar as possibilidades de investigação em Arte;
- Desenvolver, num campo amplo e de singularidades a adequação metodológica a cada projecto;
- Desenvolver competências de investigação que permitam a necessária autonomia no desenvolvimento da pesquisa pessoal;
- Aprofundar capacidades individuais ao nível metodológico no sentido da inserção da investigação no teritório em que a pesquisa se encontra alicerçada.
A UC visa introduzir os estudantes às questões metodológicas que advêm da nova fase, já em autonomia, no terceiro ano do curso e em acompanhamento da UC tese.
Tem definidos como objectivos os seguintes pontos:
Abordar as possibilidades de investigação em Arte;
Desenvover, num campo amplo e de singularidades a adequação metodológica a cada projecto;
Desenvolver competências de investigação que permitam a necessária autonomia no desenvolvimento da pesquisa pessoal;
Aprofundar as capacidades individuais ao nível metodológico no sentido da inserção da investigação no teritório em que a pesquisa se encontra alicerçada.
Aperfeiçoar o processo de escrita cientifica necessária à investigação