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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

António José da Costa

Fotografia de António José da Costa / Photo of António José da Costa António José da Costa
1840-1929
Pintor



António José da Costa nasceu na freguesia de Cedofeita, no Porto, em fevereiro de 1840. O seu pai era sapateiro.

Retrato de António José da Costa da autoria de Júlio Costa (1921, MNSR) /  Portrait of António José da Costa authored by Julio Costa (1921, MNSR)Com 12 anos inscreveu-se nas aulas da Associação Industrial Portuense, onde foi aluno a Desenho de António José de Souza Azevedo. Este professor, ao descobrir o seu talento artístico, convenceu o pai a matriculá-lo na Academia Portuense de Belas Artes.
Na Academia frequentou os cursos de Desenho, Pintura Histórica e Arquitetura Civil (1853-1865). Foi aluno de Tadeu de Almeida Furtado (Desenho) e de João António Correia (Pintura) e viu a sua pintura ser comparada com a de dois mestres do barroco espanhol, Ribera (1591-1652) e Murillo (1618-1682).

No início da carreira pintou retratos e paisagens, que assinou com o nome de António José da Costa Júnior. Porém, foi a pintura de naturezas mortas e de composições de flores, sobretudo camélias, iniciadas cerca de 1890, que o tornou conhecido.

Exposição sobre Artur Loureiro no MNSR / Exhibition on Artur Loureiro in MNSRAntónio José da Costa foi mestre particular de Henrique Pousão, de João Marques de Oliveira e de Artur Loureiro, futuros vultos da pintura nacional, e dos sobrinhos Júlio e Margarida Costa, que consigo viviam na Boavista, no n.º 25 da rua de Belos Ares.

Nos finais do século XIX assistiu à introdução da pintura naturalista no Porto e, ao contrário de outros artistas românticos, decidiu seguir o exemplo da nova geração.

António José da Costa ajudou a criar o Centro Artístico Portuense. Colaborou na Arte Portuguesa, a primeira revista nacional dedicada em exclusivo às belas artes, para a qual executou ilustrações. Foi um dos promotores das Exposições d’ Arte, realizadas no Porto entre 1887 e 1895, juntamente com Marques de Oliveira, Marques Guimarães e Júlio Costa.
Expôs nas trienais da Academia Portuense de Belas Artes (1857, 1860, 1863 e 1866), nas já referidas Exposições d’Arte (de 1887 a 1895) e nas mostras da Sociedade de Belas Artes do Porto (1910, 1911, 1913, 1918, 1921 e 1923).
Em Lisboa, participou nas exposições da Sociedade Promotora de Belas Artes (1864, 1865 e 1887), nas do Grémio Artístico (1891, 1892, 1895, 1896 e 1897) e nas da Sociedade Nacional de Belas Artes (1915, 1916 e 1918).
Esteve representado na Exposição do Rio de Janeiro, de 1908, e na Exposição de 1917, organizada pela Junta Patriótica do Norte, no já desaparecido Palácio de Cristal (Porto).

Camélias de António José da Costa / Camellias by António José da CostaEm 1921, e em cumprimento de um voto pessoal, produziu um painel para a igreja de Ramalde representando a Adoração do Santíssimo Sacramento.
Nos últimos anos, continuou a receber alunos de desenho e de pintura e a ser visitado por antigos discípulos como Artur Loureiro.

António José da Costa morreu no Porto em agosto de 1929.

Em março do ano seguinte, a Sociedade de Belas Artes do Porto promoveu uma exposição da sua obra no Salão Silva Porto, na rua de Cedofeita. Em 1956, passou a dar nome a um arruamento portuense, sito entre as freguesias de Lordelo do Ouro e de Massarelos - a rua de António José da Costa.
Várias das suas obras integram o acervo do Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto, entre as quais Vaso com camélias (1889), Uvas (1914) e Lilases e rosas (1920).
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2014)

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Última actualização: 2016-08-11 Página gerada em: 2024-04-23 às 10:37:26 Denúncias