Dicas para docentes e staff que usam serviços de interpretação*
Fale diretamente para a pessoa surda, não para o intérprete;
Tenha em conta que tudo o que é dito e tudo o que é gestuado será traduzido;
Não peça ao intérprete que assuma tarefas para as quais o mesmo não tem qualificações para fazer;
Se lhe parecer que em determinadas situações não irá necessitar de um intérprete, a decisão de não ter intérprete não deve ser tomada por si apenas, mas deve consultar a pessoa surda;
Ajude o intérprete a encontrar o melhor local na sala de aula para que possa trabalhar, de forma a que o estudante, que depende do trabalho do intérprete, possa igualmente ver o professor e intérprete. Se usar algum suporte visual dê, durante a aula, mais tempo para que a pessoa surda possa ver a apresentação, bem como a tradução do intérprete das explicações e exemplos que estão a ser transmitidos em simultâneo. Se usar slides ou filmes garanta que há luz necessária para que o estudante continue a ver o intérprete;
Forneça ao intérprete (e igualmente ao estudante) antecipadamente o material (as apresentações, fichas, material escrito, filmes, exercício, etc) que vá usar na aula para que o mesmo se possa preparar adequadamente para a tarefa;
Dê mais tempo nas discussões para que a pessoa, que depende do intérprete, possa participar nas discussões e responder a questões em aula. Recorde que a informação mediada por intérprete chega sempre mais tarde ao estudante que usa intérprete em relação aos demais estudantes;
Disponibilize mais tempo ao estudante surdo para tirar notas, ou forneça notas ao estudante, pois é impossível estar a prestar atenção visual ao intérprete e tirar notas ao mesmo tempo;
Se se usa interpretação em contexto académico e se assegurar o anterior, o estudante poderá nas aulas, participar ativamente em discussões, trabalhos em grupo, exames orais e fazer apresentações.