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Memória U.Porto

Docentes e Estudantes da Academia Politécnica do Porto

Joaquim de Santa Clara de Sousa Pinto

Inexistência de fotografia Joaquim de Santa Clara de Sousa Pinto
?-1876
Lente de Química



Joaquim de Santa Clara de Sousa Pinto era filho do Dr. José de Sousa Ribeiro Pinto e Sousa e de Bernarda Maria Correia de Brito, irmão de Basílio Alberto de Sousa Pinto (1793 - 1881), doutor em Leis e reitor da Universidade de Coimbra (1859-1863) e de Rodrigo Ribeiro de Sousa Pinto (1811-1893), doutor em Matemática, lente substituto de Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto (1831), 1.º astrónomo e diretor do Observatório Astronómico de Coimbra.

Livro de Pedro Mata / Book of Pedro MataJoaquim de Santa Clara de Sousa Pinto frequentou a Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra, mas não fez o ato de formatura por falta de meios pecuniários e por ter sido perseguido devido à sua inclinação relativamente aos princípios constitucionais.

Na Academia Politécnica do Porto regeu a disciplina de Química - para a qual foi nomeado lente pelo decreto de 29 de maio e carta régia de 20 de setembro de 1837 -, e a de Artes Químicas entre 1837 e 1872.
Na Escola Industrial do Porto leccionou a 7.ª cadeira - Química Aplicada às Artes, entre 1859 e 1871, tendo sido nomeado pelo decreto de 20 de dezembro de 1858 e pela carta régia de 14 de março de 1859, tomando posse a 16 de abril (pediu a exoneração a 3 de novembro de 1871, a qual lhe foi concedida em dezembro seguinte).

Para ministrar as suas aulas traduziu a obra Sinópsis filosófica de la química (1849), da autoria de Pedro Mata y Fontanet, catedrático da Universidade de Madrid.
Na Academia foi mestre de José António de Aguiar (1812-1850), ilustre químico a quem dedicou o elogio fúnebre.

Oração fúnebre de José António de Aguiar / Funeral oration of José António de AguiarCamilo Castelo Branco faz referência a Frei Joaquim de Santa Clara de Sousa Pinto no capítulo O meu Condiscípulo, da obra Cavar em ruínas: “(…) o nosso lente, o senhor frei Joaquim de Santa Clara de Sousa Pinto, nunca teve o gosto de nos ouvir. Quando nos chamava, ou não nos via, ou nós não tínhamos visto o compêndio (…)”.

Morreu em 1876.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2013)

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