Tomás Joaquim Dias 1876-1947 Engenheiro e professor |
Tomás Joaquim Dias, filho de Tomás Joaquim Dias, nasceu na freguesia do Bonfim, Porto, a 5 de março de 1876.
Estudou no Colégio do Espírito Santo, em Braga, e no Liceu do Porto. Na Academia Politécnica do Porto cursou Engenharia Civil de Obras Públicas e de Minas entre 1892 e 1898, obtendo a carta de capacidade em 1901.
Em 1902, pelo decreto de 20 de novembro, foi nomeado repetidor da 13.ª e da 17.ª cadeiras da Academia Politécnica do Porto.
Em 1911 assumiu funções de 1.º assistente do 2.º grupo da recém-criada Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e, em 1915, foi nomeado professor ordinário e Secretário da Faculdade Técnica da mesma Universidade.
Na Faculdade de Engenharia, sucessora da Faculdade Técnica, dirigiu o Laboratório e Gabinete de Máquinas Térmicas e Hidráulicas, foi professor catedrático do 5.º grupo – Mecânica - e diretor (entre 1929 e 1935 e 1936 e 1946).
Tomás Joaquim Dias proferiu a sua última aula a 27 de fevereiro de 1946, sobre a Teoria das máquinas de êmbolo. Após a lição, o engenheiro Miguel Machado fez o elogio do homenageado, o estudante António da Cunha Coutinho representou os discentes da FEUP e o reitor Amândio Tavares anunciou que o Ministro da Educação Nacional pretendia condecora-lo com o grande oficialato da Ordem da Instrução.
Tomás Joaquim Dias também desenvolveu atividade como engenheiro de Obras Públicas e Comunicações, tendo trabalhado como técnico dos antigos Serviços Fluviais e Marítimos do Porto e Leixões e da Direção de Obras Públicas do Porto e, mais tarde, como Inspetor-geral.
Foi membro do Conselho Superior de Obras Públicas e do Conselho Superior de Instrução Pública, vogal do Conselho Superior Técnico das Indústrias e da Junta de Província do Douro Litoral e, ainda, procurador à Câmara Corporativa, por designação do Conselho Corporativo.
Escreveu obras como A circulação da água nas caldeiras de vapor (Porto, 1914) e Hidráulica geral: lições (Porto, 1936).
Morreu na sua casa, sita no número 952 da avenida da Boavista, a 21 de junho de 1947, aos 71 anos de idade. O funeral realizou-se no dia seguinte, na Igreja do Santíssimo Sacramento. Foi a sepultar no jazigo da família Pereira Salgado, no cemitério do Prado do Repouso, no Porto.
Tomás Joaquim Dias foi casado com Carolina Adelaide Salgado Dias e cunhado do professor e ex-reitor da Universidade do Porto, José Pereira Salgado (1934-1943).
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2014)