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Memória U.Porto

Doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto

D. Ximenes Belo


Fotografia de D. Ximenes Belo

Proposta: Faculdade de Letras
Data: 31 de outubro de 2000


Carlos Filipe Ximenes Belo, filho de Domingos Vaz Filipe e de Ermelinda Baptista Filipe, nasceu em Wailacama-Venasse, Baucau, Timor Oriental, a 3 de fevereiro de 1948.

Estudou na Escola Masculina da Missão de Baucau (1956-1960), no Colégio de Ossu (1961-1962) e no Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Díli (1963-1968).
Já em Portugal, continuou os estudos e seguiu a vida religiosa nos salesianos (aspirante em Mogofores, 1969-1970, postulantado na Escola Salesiana do Estoril 1971-1972, profissão religiosa salesiana em 1973 e profissão perpétua em 1978).

Estudou filosofia no ISET, em Lisboa (1973-1974). Realizou estágios pedagógicos em Fatumaca, Timor (1975) e Macau (1976). Estudou Teologia na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa (1977-1979) e licenciou-se na Universidade Pontifícia Salesiana de Roma (1979-1981).

Foi ordenado sacerdote em 1980, em 1981 era Mestre de Noviços, em 1983 foi nomeado Administrador Apostólico de Díli e, em 1988, foi ordenado bispo (1988-2000). Entre 1981 e 1983, lecionou em Fatumaca.

Na homenagem da cidade de Díli a Nossa Senhora de Fátima (1983) e na Conferência Episcopal da Indonésia (1984), D. Ximenes Belo denunciou as atrocidades cometidas pelos invasores indonésios em Timor. Solicitou a intervenção do secretário-geral das Nações Unidades em defesa do povo timorense e, na sequência do massacre de Santa Cruz (12 de novembro de 1991), acolheu inúmeros fugitivos das tropas indonésias. Em consequência destes atos deram-se vários atentados contra a sua vida.

A violência aumentou depois do referendo sobre a autodeterminação dos timorenses, em agosto de 1999, que decidiu em favor da independência do território. Multiplicaram-se os ataques de milícias integracionistas à residência de D. Ximenes Belo, que acabaram por conduzir à sua saída de Timor Leste.

As distinções que D. Ximenes Belo tem recebido ao longo das últimas décadas são demonstrativas da reputação que goza a nível internacional. Foi galardoado com o prémio John Humphrey (Montreal, 1995), o prémio Óscar Romero (Roma, 1996), o prémio Nobel da Paz (Oslo, 1996), os prémios Della Pace (Taranto, 1997 e Ostuni, 1998) e o prémio Internazionale della Testimonianza (Vibo Valentia, 1998) e ainda com a Grã-cruz da Ordem da Liberdade da República Portuguesa (1998), as chaves de ouro das cidades de Leiria (1997) e de Lisboa (2000) e com as medalhas de ouro de Alcoutim (1997) e de Ovar (2000).
É cidadão honorário de Florença (2000), Doutor honoris causa pelas universidades de Yale (E.U.A, 1997), Pontifícia Salesiana (Roma, 1998), Federal do Rio de Janeiro (2000), Católica de Brasília (2000), Pontifícia de Campinas (2000), Católica de Providence (Taichung, Formosa, 2000) e pela Universidade do Porto.
A cerimónia de doutoramento nesta Universidade decorreu na Faculdade de Letras, a 31 de outubro de 2000. O elogio do doutorando foi realizado pelo Professor Doutor Luís António de Oliveira Ramos e o do padrinho, D. José Policarpo, foi proferido pelo Professor Doutor António Custódio Gonçalves.

D. Ximenes Belo tem publicado diversas obras. Entre elas, Demi Perdamaian da Keadilan (Jacarta, 1997), The Voice of the Voices (Jacarta, 1997), Paz (Porto, Edições Salesianas, 1998) e Cartas Pastorais Anuais de 1993 a 2000. Domina várias línguas (tétum, português, inglês, italiano e bahasa indonésio), gosta de música clássica e de futebol.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2013)

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