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Memória U.Porto

Doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto

Paul Sabatier

	Proposta: Faculdade de Ciências Data: 21 de junho de 1923

Nasceu em Carcassonne a 5 de novembro de 1854.
Estudou no liceu local. Em Toulouse preparou-se para os exames de acesso à École Polytechnique e à École Normale Supérieure. Aceite em ambas as instituições, optou pela segunda, onde ingressou em 1874. Em 1877 terminou o curso com a melhor classificação.

Lecionou Física em Nîmes, durante um ano, e em 1878 ingressou no Collège de France, como assistente de Berthelot. Doutorou-se em Ciências, em 1880. Foi responsável pelos cursos de Física na Faculdade de Ciências de Bordeaux, até janeiro de 1882, altura em que se transferiu para a Universidade de Toulouse, onde desenvolveu toda a sua carreira académica. Nesta Escola lecionou, ainda, cursos de Química (1883), foi “Professor” de Química (1884-1930) e diretor da Faculdade de Ciência (nomeado em 1905). Após a sua jubilação continuou a lecionar até uma idade avançada.

As suas investigações iniciais centraram-se na termoquímica de enxofre e sulfatos metálicos, objeto da tese de doutoramento. Em Toulouse prosseguiu a investigação físico-química de cloretos, sulfatos e compostos de cromato de cobre. O seu trabalho encontra-se registado em numerosas publicações científicas. A sua obra mais relevante - Le Catalyse en Chimie Organique - foi publicada em 1913 e reeditada em 1920.

Paul Sabatier foi membro da Academia Francesa das Ciências, membro honorário da Royal Society of London (eleito membro estrangeiro em 1918), da Academia de Madrid, da Royal Netherlands Academy of Sciences, da American Chemical Society. Comendador da Légion d’Honneur, foi-lhe atribuído o título de doutor honoris causa pelas universidades de Filadélfia, Lovaina, Saragoça e pela Universidade do Porto, em 1923. Foi distinguido com o prémio Lacaze, da Académie des Sciences de Paris (1897), com o prémio Jecker da Académie des Sciences (1905), com a Davy Medal (1915), a Royal Medal (1918) e a Franklin Medal (1941). Em 1912 recebeu ainda o Prémio Nobel da Química (que partilhou com Victor Grignard), que ficou a dever-se ao método de hidrogenação de compostos orgânicos.

Era um homem reservado e apreciador de arte e de jardinagem. Casado, pai de 4 filhas, faleceu a 14 de agosto de 1941.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2013)