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Memória U.Porto

Docentes e Estudantes da Primeira Faculdade de Letras da Universidade do Porto

José Augusto Ramalho Teixeira Rêgo


Fotografia de José Augusto Ramalho Teixeira Rêgo

1881-1934
Professor Universitário, Escritor e Filósofo



Nascido em Matosinhos em 1881, conviveu desde jovem com algumas das mais importantes figuras do círculo intelectual portuense, tornando-se discípulo de Sampaio Bruno e aprofundando a sua predileção intelectual no âmbito das línguas orientais, da filosofia, da religião e dos temas da cultura geral em sentido lato. Diretor do jornal "O Debate" e membro da "Renascença Portuguesa", movimento cultural que despontara no Porto, estreitou laços de amizade com Leonardo Coimbra, de quem partiu o convite para exercer o magistério na recém-criada Faculdade de Letras do Porto.

A sua entrada como Professor Contratado do 2.º Grupo (Filologia Românica), em 1919, rodeou-se de polémica nos meios académicos portugueses, uma vez que José Teixeira Rêgo apenas possuía os estudos liceais. Porém, essa questão foi facilmente resolvida com os argumentos de se tratar uma nomeação governamental e de se basear no critério legal do reconhecimento da idoneidade científica e cultural do candidato.

No final dos dois anos de duração desse contrato, foi reconduzido no lugar de Professor Ordinário do mesmo Grupo. Em 1926, a promulgação do Estatuto da Instrução Universitária assegurou-lhe a nomeação como Professor Catedrático. Nesse mesmo ano, o Conselho Escolar da Faculdade de Letras conferiu-lhe o grau de Doutor em Letras – Filologia Românica, mais precisamente no dia 12 de Fevereiro. Em exercício de funções docentes até ao encerramento da 1.ª Faculdade de Letras do Porto no ano lectivo de 1930-1931, foi o responsável pela regência das cadeiras de Filologia Portuguesa, Literatura Portuguesa, Filologia Espanhola, Filologia Italiana, Gramática Comparada das Línguas Românicas, Literatura Espanhola e Italiana, História da Literatura Portuguesa e História das Religiões.

Dotado de uma inteligência brilhante e de uma profunda e vasta cultura, assim o disseram os seus conterrâneos, não foi aceite pelos círculos culturais e académicos durante os últimos anos de vida, o que se deveu, por certo, aos ideais republicanos que sempre defendeu. Em 1934, faleceu em Matosinhos, onde trabalhava como simples funcionário administrativo.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2008)

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