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Proposta: Faculdade de Medicina |
Nascido a 5 de Dezembro de 1946, na capital da Catalunha, Barcelona, Josep Carreras, conhecido pelo nome castelhano de José, é um dos três melhores tenores do nosso tempo.
A sua voz tornou-se conhecida quando era criança, ao cantar uma ária de Rigolleto, transmitida na Rádio Nacional Espanhola. Em 1970 iniciou a carreira no Gran Teatre del Liceu de Barcelona, com interpretações nas óperas Nabucco e Lucrezia Borgia. Em 1971 venceu o Concurso de Vozes Verdianas em Parma, Itália, que o lançou para os palcos de todo o mundo. Com apenas 28 anos de idade já tinha desempenhado o papel de tenor principal em 24 óperas na Europa e na América do Norte e pisado os palcos das mais importantes casas de ópera: o Wiener Staatsoper, a London’s Royal Opera House, a New York Metropolitan Opera (1974) e o Teatro Alla Scala (1975).
Em 1987, foi-lhe diagnosticada leucemia. Ultrapassada a doença, criou, em 1988, na sua terra natal, a Fundação Internacional José Carreras. Através desta Fundação, José Carreras promoveu e apoiou a investigação científica, prestou apoio social aos doentes e às famílias e disponibilizou uma base de dados internacional de dadores de medula óssea e de sangue do cordão umbilical.
Permaneceu nos palcos mundiais. Muitos dos seus concertos e recitais, como alguns dos realizados sob o título Os Três Tenores, com Luciano Pavarotti e Plácido Domingo, reverteram a favor da sua Fundação.
O seu reportório é composto por mais de 600 títulos, sendo de destacar Andrea Chérie, La Bohème, Tosca, Werther, Don Carlo, Carmen, La Forza del Destino, L’ Élisir d’Amore, entre muitos outros. Ganhou inúmeros galardões e recebeu altas distinções, de entidades de reputado valor: o Grand Prix du Disque da Academia de Paris, o Prémio Luigi Illica e o Prémio Grammy 1991. No âmbito das suas atividades filantrópicas, recebeu a Coroa de Ouro da Ordem Civil da Solidariedade Social atribuída pela Rainha Dona Sofia e foi designado Membro de Honra da Sociedade Europeia de Medicina e da Associação de Hematologia Europeia. É Embaixador da Boa-Vontade da UNESCO.
A Universidade do Porto distinguiu-o com o título de doutor honoris causa a 23 de junho de 2009, por proposta da Faculdade de Medicina.