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Memória U.Porto

Edifício da Rua de Aníbal Cunha

Incêndio de 1975

Fotografia do incêndio do Edifício da Rua de Aníbal Cunha / Photo of Fire of the Building in Rua de Aníbal CunhaA 19 de Maio de 1975, perto das 14 horas, eclodiu um incêndio na ala direita do edifício da Faculdade de Farmácia, que destruiu por completo o primeiro piso e a cobertura e danificou seriamente as dependências do rés-do-chão. O alarme foi dado por transeuntes que passavam nas imediações e, ao local, acorreu cerca de centena e meia de bombeiros.

Pensa-se que o incêndio tenha tido a sua origem num curto-circuito (a instalação eléctrica era antiga e apresentava numerosas deficiências) e que a rapidez com que alastrou e as proporções alarmantes que atingiu se tenham ficado a dever ao facto de toda a estrutura interior da Faculdade ser em madeira. Como agravante, o edifício albergava matérias inflamáveis pertencentes aos laboratórios, tais como reagentes químicos e garrafas de gás. O vento terá ajudado a propagar as chamas. Às 16 horas, o fogo ainda era bastante intenso e apenas uma hora mais tarde foi possível circunscrevê-lo ao 1.º piso.

Fotografia do incêndio do Edifício da Rua de Aníbal Cunha / Photo of Fire of the Building in Rua de Aníbal CunhaA rápida propagação das chamas e o perigo de abatimento dos tectos impediu que fossem postos a salvo equipamentos que, no início, ainda se tentou remover para o exterior. Perderam-se muitos dos aparelhos dos laboratórios, parte do recheio da biblioteca, documentos e trabalhos de investigação que se encontravam em curso.

Na ala direita do edifício ficaram destruídos os laboratórios de Física e Química, o Laboratório de Hidrologia, a Secretaria, diversas salas de aula e grande parte da Biblioteca. Na parte central, os danos maiores afectaram o Salão Nobre, de igual modo destruído e, na ala esquerda, os laboratórios de Farmacodinâmica e Farmacognosia. A água e os escombros do 1.º piso foram os principais responsáveis pela destruição parcial do rés-do-chão do edifício, onde tinham as suas instalações os laboratórios de Química-Farmacêutica, de Microbiologia, de Toxicologia, de Biomatologia e do Centro de Estudos Bioquímicos. Apenas ficaram a salvo o Laboratório de Orgânica e as instalações da Cantina. Neste piso, os arquivos da Faculdade, guardados numa caixa-forte, mantiveram-se intactos.

Fotografia do incêndio do Edifício da Rua de Aníbal Cunha / Photo of Fire of the Building in Rua de Aníbal CunhaAs dimensões do incêndio impediram o funcionamento regular da Faculdade durante algum tempo, afectando as actividades lectivas dos cerca de 400 alunos inscritos. As aulas práticas distribuíram-se entre a parte do edifício não afectada pelo incêndio, o Instituto de Botânica Dr. Gonçalo Sampaio e os laboratórios improvisados num prédio da Rua da Boavista, cedido pelo Dispensário de Higiene Social. As aulas teóricas, interrompidas após o incêndio, foram reatadas no início de Fevereiro de 1977, nas instalações do Grande Colégio Universal, sito na Rua da Boavista, junto à Praça da República.

As obras de recuperação do edifício da Rua de Aníbal Cunha tiveram início em 21 de Novembro de 1977 e ficaram concluídas 5 anos depois.

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