O imóvel que faz gaveto com as ruas de Aníbal Cunha e de Sacadura Cabral foi construído especificamente para acolher a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Durante os primeiros anos de funcionamento, esta Faculdade ocupou um edifício na rua do Rosário. Porém, a insuficiência das instalações levou o Conselho Escolar e, logo a seguir, o Senado Universitário, a equacionar a necessidade de construção de um edifício próprio. O terreno foi doado pela Câmara Municipal do Porto e a Faculdade apenas teve de recorrer a empréstimos para a edificação.
A 1 de Fevereiro de 1916 deu-se o lançamento da primeira pedra na presença do Presidente da República e o início das obras teve lugar no mês seguinte. Em 1918 já decorreram aulas na ala construída do lado sul. A construção, de planta retangular e com a frente voltada para a rua de Aníbal Cunha (na época, rua da Carvalhosa), foi projetada pelo engenheiro Arnaldo Casimiro Barbosa.
No início de 1927, o edifício ainda não se encontrava concluído. Por incumbência do Conselho Escolar da Faculdade, o arquiteto Aucíndio dos Santos ficou responsável pela execução do projeto. Durante os dois anos seguintes tiveram lugar obras de beneficiação da fachada voltada para a rua da Carvalhosa, construiu-se uma varanda no corpo principal e modificaram-se as guarnições das janelas.
Com o passar dos anos e o envelhecimento natural do edifício, houve lugar para mais obras de recuperação, para a construção de um pavilhão situado nas suas traseiras, inaugurado em 1966 e até para a construção de mais um andar para fazer face à insuficiência das instalações. Com dois pavimentos, o corpo central albergou o Salão Nobre e a escadaria.
Em 1975, um violento incêndio destruiu a quase totalidade do edifício.
A Faculdade de Farmácia partilha agora as instalações com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, na rua de D. Manuel II, no renovado espaço outrora ocupado pela Reitoria da U.Porto até 2006.