Nasceu na Baía a 6 de Fevereiro de 1850. Aos 3 anos de idade foi viver para a cidade do Porto e aos 13 partiu para Inglaterra, com o intuito de frequentar os estudos liceais.
Com 19 anos, este jovem abastado e culto fixou residência no Porto. Entusiasta do desporto, acumulou diversas vitórias na disciplina de Ginástica.
Anos mais tarde, ajudou a fundar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários (1874-75) e do Corpo de Salvação Pública e foi nomeado Comandante do Corpo de Bombeiros em 1877 e Inspector de Incêndios do Porto em 1885. De seguida, transferiu-se para a Companhia de Incêndios (designada Corpo de Salvação Pública a partir de 1889 e Batalhão de Sapadores Bombeiros de 1946 em diante), assumindo o cargo de comandante.
Guilherme Gomes Fernandes notabilizou-se, entre outras acções, no combate ao trágico incêndio do Teatro Baquet, ocorrido em 1888 e no Concurso Internacional de Bombeiros de 1900, realizado em Vincennes, onde, sob a sua direcção, os bombeiros do Porto alcançaram o 1.º prémio.
Desenvolveu, igualmente, actividade empresarial na área do material de combate aos incêndios, mas também no âmbito do jornalismo, tendo criado e dirigido o jornal "O Bombeiro Voluntário", publicado entre 1877 e 1890.
O seu contributo para o progresso dos bombeiros do Porto e do país valeu-lhe o tratamento de "Mestre", assim como condecorações nacionais e internacionais de prestígio.
Guilherme Gomes Fernandes morreu em Lisboa, no Hospital de S. José, a 31 de Outubro de 1902.