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Memória U.Porto

Edifício da Reitoria da U.Porto - Enquadramento: Obras de referência

Livraria Lello & Irmão

Edifício da Livraria Lello & Irmão / Building of Livraria Lello & IrmãoReconhecida internacionalmente como uma das mais belas livrarias do mundo e como um espaço associado ao universo de Harry Potter, a Livraria Lello & Irmão também se relaciona diretamente com grandes vultos da Universidade do Porto e das suas escolas antecedentes, além de se situar nas proximidades do edifício histórico da Reitoria da Universidade do Porto.

Foi inaugurada em 1906 pelos “Irmãos Unidos” - José e António Lello, burgueses intelectuais e republicanos, no número 144 da rua das Carmelitas, no lugar do antigo Convento de São José e Santa Teresa das Religiosas Carmelitas Descalças.

Este edifício eclético foi projetado pelo engenheiro Francisco Xavier Esteves, formado na Academia Politécnica do Porto (1837-1911), Escola antecessora da Universidade do Porto.

O projetista, Xavier Esteves (1864-1944), apesar de ser conhecido pela sua carreira política (foi deputado republicano, presidente da Câmara Municipal do Porto e Ministro do Comércio, e das Finanças, no governo de Sidónio Pais), pela docência no Instituto Industrial e Comercial do Porto e na Faculdade Técnica (atual Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e por presidir à Associação Industrial do Porto (hoje Associação Empresarial de Portugal), era, também, um amante da literatura. Enquanto estudante dirigira o Álbum literário comemorativo do terceiro centenário de Luís de Camões (1880).

No frontispício deste imóvel, decorado por ornatos neogóticos, evidenciam-se a designação da firma e as pinturas de José Bielman, representando a Arte e a Ciência.

O interior é marcado não só pela escadaria bifurcada carmim, em estilo art noveau, e pelos armários de sabor neomedieval, mas também por vários elementos decorativos relativos à história deste lugar.

No piso inferior encontramos baixos-relevos dos fundadores da livraria – José e António Lello -e bustos de populares escritores e poetas portugueses da transição do século XIX para o XX - Camilo Castelo Branco (1825-1890), Tomás Ribeiro (1831-1901), Antero de Quental (1842-1891), Teófilo Braga (1843-1924), Eça de Queirós (1845-1900) e Guerra Junqueiro (1850-1923), da autoria do escultor aveirense José da Maia Romão Júnior (1878-1949), formado na Academia Portuense de Belas Artes (atual Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto).
Há ainda mais dois bustos de bronze, de dois emblemáticos escritores ibéricos: o espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616) e, de novo, Eça de Queirós, da autoria do multifacetado médico (diplomado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto), cientista, pedagogo, escritor, crítico de arte e artista plástico Abel Salazar (1889-1946).

No piso superior, além do magistral teto em gesso pintado, destaca-se o amplo vitral, de 8 metros por 3.5m, executado pela Vidraria Antunes, a mais antiga oficina de vitrais do país, que ostenta a divisa Decus in Labore (Dignidade no Trabalho) e o monograma dos proprietários.

O arquiteto portuense Vasco Morais Soares (1940-2018), formado na Escola Superior de Belas Artes do Porto (atual Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto) dirigiu as obras de restauro e remodelação da livraria, em 1995. Em 2016, no 1.º centenário da instituição, o novo projeto de restauro foi entregue, mais uma vez ao Gabinete de Arquitetura Vasco Morais Soares, Arquitetos, da família Morais Soares. Nesta fase foi devolvida a policromia original à fachada e restaurado o vitral.

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