A Igreja da Ordem Terceira do Carmo, em estilo rococó, foi idealizada pelo pintor, arquitecto e professor viseense José de Figueiredo Seixas para a Venerável Ordem Terceira do Carmo, a qual veio a integrar em 1760, juntamente com a sua mulher.
A primeira pedra do templo, construído em antigos terrenos dos monges carmelitas descalços, foi benzida a 12 de Agosto de 1756.
Na Igreja, destacam-se a frontaria de cornijas avançadas e linhas ondulantes, a fachada lateral revestida a azulejos tradicionalistas, azuis e brancos, alusivos ao orago e executados por Carlos Branco a partir de desenhos de Silvestre Silvestri, em 1912 e, ainda, o retábulo-mor de bases protuberantes, obra do afamado entalhador Francisco Pereira Campanhã (1773).
Entre a igrejas do Carmo e dos Carmelitas (conjunto classificado como Monumento Nacional em 2013) surge a Casa Escondida, identificada nos guias turísticos como a casa mais estreita do Porto. Edificada em 1768, foi sendo usada como residência dos capelães da Igreja dos Terceiros do Carmo e, ocasionalmente, ocupada por artistas e médicos ao serviço da Ordem do Carmo. Nas últimas décadas foi casa do sacristão e zelador da Igreja, mas hoje pode ser visitada por turistas. Também serviu para acolher reuniões da Mesa Administrativa da Ordem do Carmo, em períodos conturbados da história da cidade e do país, particularmente durante as Invasões Francesas (1807-1811), o Cerco do Porto (1832-1833) e a implantação da República (1910).