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Memória U.Porto

Edifício da Reitoria da U.Porto - Enquadramento: Lado Sul

Jardim de João Chagas (Jardim da Cordoaria)

Fotografia do Jardim de João Chagas / Photo of Garden of João ChagasO Jardim de João Chagas, mais conhecido por Jardim da Cordoaria, é um jardim público da segunda metade do século XIX (1865) traçado pelo alemão Emile David (1839-1873) que, em 1864, dirigiu no Porto os trabalhos de jardinagem do Palácio de Cristal. Na cidade, o nome deste arquitecto paisagista também ficou associou ao Horto das Virtudes pela colaboração prestada a José Marques Loureiro, ao planeamento de intervenções noutros jardins emblemáticos, como o de S. Lázaro e o do Passeio Alegre, e ao desenvolvimento de actividade comercial num estabelecimento situado na Rua de Santa Catarina.

Fotografia da escultura A Flora / Photo of A Flora (Sculpture)Entre 1999 e 2000, no âmbito do programa urbanístico do "Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura", o Jardim de João Chagas foi profundamente alterado pelos arquitectos paisagistas João Nunes e Carlos Ribas e pelos arquitectos Camilo Cortesão e Mercês Vieira. Recentemente, o jardim foi objecto de um novo projecto de reabilitação, promovido pela Câmara Municipal do Porto.

Fotografia do Busto de António Nobre, de Tomás Costa / Photo of the Bust of António Nobre, of Tomás CostaNão vedado e de planta triangular, com percursos rectilíneos, o jardim dispõe de um lago e de um coreto de ferro fundido sobre base de granito, assim como de diversas esculturas de diferentes estilos e cronologias: "A Flora", da autoria do mestre António Teixeira Lopes (1866-1942), dedicada ao floricultor e horticultor Marques Loureiro (1830-1898), o busto do poeta António Nobre (1867-1900), de Tomás Costa (1861-1932), a estátua do escritor Ramalho Ortigão (1836-1915), do escultor Leopoldo de Almeida (1898-1975) e "Treze a rir uns dos outros", do artista madrileno Juan Munõz (1953-2001), e "O Rapto de Ganímedes" de António Fernandes de Sá (1874-1959). Fotografia do lago do Jardim João Chagas / Photo of the lake of João Chagas Garden

Embora conhecido por Jardim da Cordoaria, o seu verdadeiro nome é de João Chagas (1863-1925), em homenagem ao escritor, jornalista, político e crítico da monarquia. Veio substituir a Alameda da Cordoaria, o espaço verde mais antigo da cidade, criado por D. Filipe II (1578-1621).

A Árvore da Forca

Fotografia da A Árvore da Forca, Jardim de João Chagas / Photo of A Árvore da Forca, Garden of João ChagasNo antigo Campo do Olival, área que hoje compreende o Campo dos Mártires da Pátria, os largos do Carmo e do Moinho de Vento, as praças de Carlos Alberto e de Guilherme Gomes Fernandes e as ruas das Virtudes e das Oliveiras, existiu um famoso olmo a que o povo chamava "Árvore da Forca". Plantado ao tempo da construção da alameda filipina seiscentista ou, eventualmente, após o Motim dos Taberneiros, resistiu até à década de oitenta do século XX apesar de muitas contrariedades.

Sobreviveu ao abate das árvores da Cordoaria durante o Cerco do Porto (1832-1833), as quais se destinavam a produzir lenha para o Hospital Militar e para o Recolhimento dos Meninos Órfãos, tendo sido salva, muito possivelmente, pela intercessão do provedor da Misericórdia, Dr. Francisco Faustino da Costa. Aguentou duas tempestades, a primeira, a 2 de Fevereiro de 1865, que lhe roubou um tronco, e a segunda, ocorrida em 10 de Novembro de 1963, que lhe decepou o braço principal e lhe conferiu o injusto e tenebroso nome por que é conhecida. E foi poupada pela acção do vereador Visconde de Villar de Allen no programa de conversão da alameda num jardim romântico oitocentista.

Contrariando a tradição popular, este mítico Ulmus campestris nunca foi utilizado para qualquer enforcamento. Nele não foram enforcados os implicados no Motim dos Taberneiros ou da Companhia, supliciados em forcas de madeira levantadas para a ocasião no Campo do Olival, nem os 12 liberais mortos em 1829.

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