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Memória U.Porto

Docentes e Estudantes da Academia Politécnica do Porto

Arnaldo Anselmo Ferreira Braga

Arnaldo Anselmo Ferreira Braga 1828-1897 Lente e escritor

Arnaldo Anselmo Ferreira Braga nasceu no Porto em setembro de 1828.

Bacharel formado em 1851 nas faculdades de Filosofia e de Medicina da Universidade de Coimbra, foi nomeado lente substituto da secção de Filosofia da Academia Politécnica do Porto pelo decreto de 6 de março e carta régia de 2 de abril daquele ano, tendo tomado posse do lugar no dia 2 de maio. Em 1854 foi promovido a lente proprietário da 7.ª cadeira – Zoologia, mineralogia e geologia veterinária - por decreto de 19 de julho e apostila de 16 de agosto, sendo empossado a 1 de setembro.

Com os lentes Santa Clara, Álvares Ribeiro e Parada Leitão, Arnaldo Braga ajudou a redigir, em 1854, a reposta do Conselho Académico da Politécnica ao projeto de lei de Júlio Máximo de Oliveira, apresentado à Câmara dos Deputados – Breve Memória sobre a Instrução Pública Superior no Porto e nas Províncias do Norte -, que propunha a reforma das escolas de instrução superior no país e previa o encerramento da Academia Politécnica do Porto. O documento, datado de 1 de maio, foi assinado por todos os docentes da Academia Politécnica e enviado ao Ministro do Reino a 20 de maio desse ano.

Colaborou com outros colegas da Academia Politécnica do Porto no financiamento das coleções de vertebrados destinadas ao Gabinete de História Natural e na constituição do Laboratório Químico. Jubilou-se em 1881.

Foi membro do Consultório Homeopático Portuense (fundado em 1852), redator da Gazeta Homoeopathica Portuense: suprema lex therapeutica, similia similibus curantur (1853-1855) e colaborador n’A Lyra da Mocidade: jornal de poezias inéditas.
Em 1852 escreveu Reflexões ao opúsculo do SNR J. P. Reis a homoepathia: o que é, e o que vale.

Arnaldo Braga pertenceu ao Conselho de Sua Majestade.

Faleceu em 7 de maio de 1897.
(Universidade do Porto Digital / Gestão de Documentação e Informação, 2016)