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Margarida Costa 1881 - 1937 Pintora e professora |
A arte assegurou a Margarida Costa a mais nobre libertação moral.”
(Conferência proferida por Joaquim Costa no Salão Silva Porto, na tarde de 17 de abril, durante o encerramento da exposição de homenagem a Margarida Costa.)
Maria Margarida Costa nasceu no Porto em 1881 no seio da "honrada dinastia dos pintores Costa, trindade simpática e magnífica", como lhes chamou Joaquim Costa. Era filha do pintor e litógrafo Júlio Costa (e de Maria da Purificação) e segunda sobrinha do professor e pintor António José da Costa.
Com o pai aprendeu a desenhar e a pintar, antes ainda de frequentar Desenho Histórico (1892-1899) na Academia Portuense de Belas Artes. Nesta Escola foi uma aluna premiada, tendo recebido ensinamentos dos professores José de Brito e Marques de Oliveira, de quem foi discípula dileta. Não concluiu a formação académica para se casar com o escultor aveirense José da Maia Romão Júnior, com quem foi viver para a rua João de Deus.
Margarida deu aulas particulares de pintura e, talvez por influência do seu tio, afirmou-se como pintora de flores e de naturezas mortas.
Fez desenhos para azulejos da Vista Alegre (1902) e participou na V Exposição de Belas Artes, organizada pelo Instituto de Estudos e Conferências na Santa Casa da Misericórdia do Porto (1905); na Exposição Nacional do Rio de Janeiro (1908), na Exposição da Sociedade de Belas Artes do Porto (1909), na XV Exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes (1918) e na Grande Exposição dos Artistas Portugueses (1935).
A artista é autora de obras como a tela Flores, que pertence ao acervo do Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto, e o painel de Nossa Senhora da Misericórdia da Igreja da Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Ao longo da sua carreira obteve a 2.ª medalha em Pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes.
Um casamento infeliz com Romão Júnior, de quem se separou em 1910, conduziu-a de volta ao lar do tio, no número 157 da rua de Belos Ares, Porto, onde também vivia o seu pai. Com os dois passava férias em Lordelo, perto de Santo Tirso.
A pintora teve duas filhas, Clotilde e Fernanda, que mantiveram viva a tradição familiar de pintar flores.
Margarida Costa morreu no Porto a 22 de fevereiro de 1937.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2014)