![]() |
Luís Cunha 1933- Arquiteto |
Luís Cunha nasceu no Porto a 14 de Abril de 1933 e nesta cidade frequentou o curso de Arquitetura na Escola de Belas Artes do Porto, o qual concluiu em 1953.
Até 1966 trabalhou na Câmara Municipal do Porto, tendo passado, depois, a exercer a profissão de arquiteto em regime liberal, primeiramente no Porto e, de seguida, em Lisboa.
Com um estilo expressionista muito próprio traçou um vasto conjunto de edifícios e de equipamentos religiosos que lhe trouxeram a fama. Entre essas obras destacam-se a Igreja Paroquial de Santa Joana Princesa, em Aveiro (1972-1976); convento e seminário em Braga (1979); a igreja e convento dos Padres Dominicanos e a residência para religiosas em Fátima (1978); a Igreja do Carvalhido, consagrada ao Sagrado Coração de Jesus, Maria e José (1967-1969) e a Igreja de Nevogilde, no Porto; a Residência para religiosas na Parede (1977), Lisboa; a Igreja de Ponta Delgada, Açores (1980); a Igreja de Pindelo, em Oliveira de Azeméis; a Igreja de Cristo Rei de Portela de Sacavém (1982), em Loures, inaugurada nos anos 90 (ostenta esculturas de mármore com os símbolos dos Evangelistas desenhados pelo próprio Arquiteto) e o Plano Geral de Ordenamento do Santuário de Cristo Rei, em Almada, obra em colaboração com Domingos Ávila Gomes (1984) – construiu-se o edifício de Acolhimento, onde se encontram instalados a Reitoria e os Serviços Administrativos, e que dispõe de uma capela, uma sala de reuniões e uma galeria de exposições. Luís Cunha é, ainda, o autor do novo altar da Sé de Viseu (1991-1992).
Luís Cunha também projetou arquitetura civil, nomeadamente edifícios administrativos, culturais, turísticos e residenciais. Riscou obras que não chegaram a ser construídas, como um novo teatro municipal para o Porto, com Januário Godinho, serviços municipalizados para Aveiro, com X. Olazabal, e um edifício para a Avenida da República, em Lisboa. É o autor do Jardim do Ouro, com a escultura de Lagoa Henriques, no Porto (1960), de um auditório, em Ponta Delgada, nos Açores (1971-78); da sede do jornal "Diário do Minho", em Braga (1972); de um conjunto de casas em Penafiel, em colaboração com D. Rebelo (1978-1980); da proposta para a nova Assembleia Regional dos Açores, na Horta, em co-autoria com M. Naia (1980); do arranjo da praça e edifícios para Vila do Conde; das novas instalações da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa; do projecto de residência universitária para o Pólo II da Universidade do Porto, com Domingos Ávila Gomes.
Nos Açores riscou uma área turística na Praia do Pópulo, na Ilha de S. Miguel, o complexo náutico-turístico para a Avenida Marginal de Ponta Delgada (1977) e apresentou uma proposta para a reconstrução de Angra do Heroísmo, depois do terramoto de 1 de Janeiro de 1980.
Desenvolveu, igualmente, projetos na área do Urbanismo, tendo participado no Plano de Urbanização do Porto com Robert Auzelle. Também se tem dedicado ao desenho e à pintura.
Em Maio de 2009 associou-se ao I Fórum de Arquitectura Religiosa, realizado na Póvoa de Varzim, onde apresentou uma comunicação intitulada "Arquitectura Religiosa: do movimento de renovação às realizações do Presente e às interrogações do Futuro".
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2010)