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A2B sessions - visita ao Douro Vinhateiro

Investigadores da U.Porto e Institutos Associados foram até ao Peso da Régua

douro No passado dia 4 de Maio, um grupo de investigadores (as) da U. Porto e Institutos Associados participaram em mais um encontro no âmbito das A2B sessions. O destino foi o Douro Vinhateiro e as quintas de produção de empresas associadas da ADVID - Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense , onde os (as) investigadores (as) se juntaram com representantes das empresas vitícolas e técnicos da Associação para procurarem soluções para as práticas vitícolas e vitivinícolas e, também, para convívio e networking. Os desafios do relevo e dos patamares estreitos Durante a parte da manhã houve lugar para a apresentação de competências e projetos em desenvolvimento pelos (as) investigadores (as) para tornar as vinhas mais produtivas e sustentáveis. Augustin Olivier e o Engenheiro António Gaspar revelaram as valias do INESC TEC aplicáveis à viticultura, que passam, por exemplo, pela automação e pelos sistemas de informação. Mencionaram também projetos já realizados como o portal turístico Douro Valley, a normalização do conceito de parcela de vinha e a aplicação de gestão de classificação de parcelas de vinha para o IVDP. O Professor Jorge Queiroz, da Faculdade de Ciências, chamou a atenção para a oferta formativa em viticultura e tecnologia vinícola na U. Porto. Referindo-se a projetos de investigação, mostrou que é possível aumentar o número de plantas por hectare, originando aumentos de produção.~ Fez também uma comparação da monda manual de frutos com a monda química e a aplicação de técnicas de desfolha precoce como forma de controlo de produção e obtenção de melhorias qualitativas. De seguida apresentou os resultados de um projeto de investigação em que se demonstrou a superioridade dos patamares estreitos em relação aos patamares largos, e alternativas na condução da videira, com divisão de sebes em dois planos, o que possibilitou ganhos de produtividade. O grupo de geografia esteve representado pelo Professor Carlos Bateira, da Faculdade de Letras, que referiu as competências em cartografia e de avaliação dos riscos da U. Porto. Abordou também um projeto que estudou o comportamento hídrico das vertentes. Já a investigadora Sara Rios, da Faculdade de Engenharia, especialista em geotecnia, chamou a atenção para as técnicas de estabilização dos taludes, tendo em conta a erosão natural das encostas, os riscos de deslizamentos e associados à infiltração de águas e suas consequências. Também abordou soluções possíveis para a proteção contra a queda de pequenas massas e ao estudo de possíveis superfícies de deslizamento. O Professor José António Bessa Pacheco, da Faculdade de Engenharia e com uma vasta experiencia na indústria de máquinas-ferramenta, debruçou-se sobre as competências da Universidade e Institutos Associados como o INEGI em matéria de mecanização e hidráulica. Preocupações culturais, ambientais, a criação de modelos e maior aproveitamento do fruto Maria Daniela Bomrad, investigadora da Faculdade de Letras, partilhou com a audiência os desafios colocados pelo facto de cada região vitícola possuir uma linguagem e vocabulário próprios. Estas características terão um potencial de marketing a explorar. João Lopes, investigador da Faculdade de Farmácia e do REQUIMTE apresentou tecnologias, baseadas em técnicas de espectroscopia, que permitem medições rápidas, e no terreno, das propriedades da uva. Estas tecnologias permitem também medições de concentrações de várias componentes do vinho já na garrafa, tendo como objetivo o controlo de qualidade do produto. Umas das inovações desta tecnologia é permitir fazer esse controlo durante o processo - para se poderem fazer as alterações necessárias, evitando fazer o controlo do produto final, fase em que pouco se pode fazer. Ainda na área da monitorização, o Engenheiro Jorge Reis, da Faculdade de Engenharia, referiu as possibilidades que as técnicas de imagiologia (desenvolvidas pelo grupo de trabalho em que está inserido) oferecem na análise da uva, sem contacto. O Professor Sarsfield Cabral, Pró-Reitor da Universidade do Porto para a melhoria de qualidade, falou enquanto investigador, referindo-se às possibilidades de aplicação da investigação operacional e de metodologias de análise de dados e de apoio à decisão ao setor económico em análise. Uma das ideias partilhadas pelo Professor Alberto Pinto, da Faculdade de Ciências, foi o desenvolvimento de modelos matemáticos para cálculo da contribuição das vinhas para a compensação das emissões de carbono. Convívio e troca de experiências Após a apresentação das propostas em desenvolvimento, fechada com a intervenção do Engenheiro José Manso, Presidente da Direção da ADVID, que enalteceu o valor acrescentado nas operações e marketing pelas parceiras com a U. Porto, o grupo sentou-se à mesa para almoçar e, como não podia deixar de ser, para degustar alguns dos vinhos produzidos pelas empresas associadas da ADVID. Seguiu-se uma breve visita à adega e aos lagares de uma das empresas associadas onde os representantes da empresa explicaram as novas tecnologias utilizadas para produzir vinhos de maior qualidade. A visita de campo permitiu também conhecer novos sistemas de rega das vinhas e verificar, efetivamente, os efeitos que a erosão tem nos patamares estreitos. Após a primeira visita o grupo dirigiu-se para uma outra quinta de uma empresa associada da ADVID, onde nem a chuva impediu a caminhada pela enorme vinha. Os responsáveis da ADVID explicaram quais os principais problemas atuais da indústria vitícola e mostraram aos participantes como funciona a mecanização naquela zona, com direito a demonstração da limpeza mecânica e também do trabalho realizado pelos tratores nos patamares estreitos. Regresso a casa e futuras visitas Cansados (as) mas com sensação de mais saber e conhecimento adquirido, a comitiva de investigadores (as) fez a viagem de volta ao Porto. No caminho houve ainda tempo para algumas explicações por parte dos participantes mais entendidos no assunto das vinhas e na história da região, e para troca de experiências entre todos. Segundo o acordado entre a ADVID e a U. Porto, serão organizadas mais duas visitas ao Douro Vinhateiro: uma na altura das vindimas e outra na altura da poda. Expressões de interesse por investigadores (as) da U. Porto para participação nestas visitas poderão ser enviadas para Sara Fidalgo da UPIN - Universidade do Porto Inovação, sfidalgo@reit.up.pt, 220408204. Estas visitas pretendem fomentar parcerias futuras de IDI entre investigadores (as) da U. Porto e a ADVID e empresas associadas e, assim, aumentar a contribuição da Universidade para a inovação na atividade vitícola Duriense, uma das mais reputadas do mundo.
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