Resumo (PT):
A educação especial/educação inclusiva está enquadrada, no sistema educativo
português, pelo Decreto-Lei n.º 3/2008, que prevê a implementação de respostas
educativas adequadas às especificidades de cada aluno. No que à educação de
alunos surdos diz respeito, o decreto prevê a criação de Escolas de Referência para
a Educação Bilingue de Alunos Surdos (EREBAS) e, como modalidade específica
de educação, a educação bilingue.
Esta dissertação tem como objetivo refletir sobre o processo de desenvolvimento
de uma das primeiras respostas educativas no país para alunos surdos, no âmbito
da educação especial, após a publicação do 3/2008.
A metodologia de estudo adotada foi a narrativa, reconstituindo-se linguisticamente
a experiência pedagógica vivenciada pela autora (professora) e por seis alunos
surdos, cinco com implante coclear (IC) e um com prótese auditiva, durante cinco
anos letivos, no contexto de uma EREBAS. Descreve-se e reflete-se sobre a
resposta educativa desenvolvida para estes alunos surdos ao nível das medidas
implementadas, aplicação de estratégias, desenvolvimento de atividades e
utilização de recursos adequados às especificidades.
Finalmente, identificamos alguns fatores que nos parecem essenciais na aplicação
do racional inclusivo em contexto das EREBAS, com base na reflexão da
experiência de cinco anos. Em específico, apontamos a importância da frequência
de uma EREBAS e as vantagens da implementação de uma educação bilingue,
modalidade de bilinguismo que tem como língua primeira (L1) a língua portuguesa
(LP) e como língua segunda (L2) a língua gestual portuguesa (LGP).
Idioma:
Português
Nº de páginas:
116