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Provas de Doutoramento em Psicologia - Joana Lara Ferreira Soares

24 de abril | 15h | Auditório 1

Provas de doutoramento no ramo de Psicologia, requeridas pela Mestre Joana Lara Ferreira Soares.

Apreciação da tese intitulada: "Preditores individuais, familiares e extrafamiliares de competência social em crianças adotadas: um estudo multi-informantes"

Júri:
  • Doutora Maria de São Luís de Vasconcelos Fonseca e Castro Schoöner
  • Doutora Madalena Moutinho Alarcão Silva
  • Doutora Maité Roman Rodríguez
  • Doutora Orlanda Maria da Silva Rodrigues da Cruz
  • Doutora Margarida Isabel Rangel dos Santos Henriques
  • Doutora Diana Rute Pereira Alves
  • Doutora Maria Adelina Acciaiuoli Faria Barbosa Ducharne - orientadora

A sessão é aberta a todos os interessados.


RESUMO:

A idade escolar é um período particularmente importante para o desenvolvimento socio-emocional de todas as crianças, e especialmente das crianças adotadas. O seu mundo social é cada vez mais complexo, tornando-se a competência social um importante requisito para o seu bem-estar. No caso da criança adotada, acrescem um conjunto de desafios específicos, relacionados com a necessidade de gerir pessoal e socialmente a adoção/ser adotado. A investigação sobre competência social de crianças adotadas é inconsistente e, por vezes, contraditória. O presente projeto de investigação pretende estudar a competência social numa amostra de 126 crianças adotadas nacionalmente com 8-10 anos de idade, através de múltiplos informantes: mães, pais, professores, a própria criança e os seus pares. Para além disso, é objetivo desta investigação estudar um conjunto de variáveis individuais da criança, variáveis individuais dos pais, de interação pais-filhos e variáveis extrafamiliares como preditores da competência social. Os dados relativamente a 126 crianças adotadas foram recolhidos na família (N = 126) e na escola (N = 88), onde participaram diretamente 103 crianças, 119 mães, 98 pais, 93 professores e 2050 pares das crianças adotadas. Os resultados confirmaram a especificidade contextual da competência social e mostraram a importância de uma abordagem multi-informantes na sua avaliação, particularmente a relevância de se atender à perspetiva da própria criança e de se considerar a perspetiva, quer das mães quer dos pais, na avaliação da competência social das crianças adotadas. As variáveis proximais – individuais da criança, particularmente o temperamento e a regulação emocional – revelaram-se os principais preditores da competência social, seguidas das variáveis parentais/familiares (e.g., satisfação parental, socialização parental das emoções) e, por fim, das variáveis mais distais, as extrafamiliares (e.g., abertura da adoção família-escola, práticas pedagógicas do professor). A trajetória de predição da competência social é complexa e envolve efeitos diretos e indiretos e interações entre variáveis: do passado/pré-adoção (e.g., vivência de negligência) vs presente/pós-adoção (respostas parentais de não-suporte às emoções negativas dos filhos) e individuais (e.g., habilidades sociais) vs extrafamiliares (reação social à criança adotada). Os resultados revelaram que o maior desafio da criança adotada, nesta faixa etária, é a escola e relaciona-se com a construção de uma identidade social enquanto pessoa adotada. Este estudo traz nova evidência empírica à investigação em adoção, bem como à literatura sobre competência social, e suscita importantes implicações para a prática profissional em adoção.


ABSTRACT:

In middle childhood, the social world of adopted children becomes more complex and demanding. A set of specific challenges, such as those related to the need to personally and socially manage/cope with adoption and the fact of being adopted, is imposed. Thus, being socially competent constitutes an important pre-requisite for their well-being and psychological adjustment. Research on adoptees’ social competence is inconsistent and often contradictory. The present research project aims at studying social competence in a Portuguese sample of 126 children, aged 8-10, adopted from care. A multi-informant approach was used to include the adopted children’s, their mothers’, fathers’, teachers’ and classmates’ perspectives. This study also aims to identify the underlying processes and factors that account for the adoptees’ social competence. To accomplish this purpose, several variables were considered: (a) those related to the child; (b) some variables related to parents; (c) certain variables related to the parent-child interaction; and (d) out-of-family variables. Data related to 126 adopted children were collected at home (N = 126) and at school (N = 88), in which 103 adopted children, 119 mothers and 98 fathers, 93 teachers and 2050 classmates directly participated. Findings confirmed the contextual specificity basis of social competence and highlighted the relevance of a multi-informant approach of adoptees’ social competence. Indeed, results showed the importance of considering the child’s own point-of-view and the perspective of both the mother and the father in assessing the social competence of the adopted child. The proximal variables – individual variables such as the child’s temperament and the child’ emotion regulation – were the main predictors of social competence, followed by parents/family-related variables (e.g., parental satisfaction and parental socialization of the child’s negative emotions) and by more distal variables, as, out-of-family variables (e.g., the openness of adoption communication between the family and the school, and the teacher’s pedagogical practices). Moreover, findings also showed that the prediction pathway of the adoptees’ social competence is complex and includes direct, indirect and interaction effects between the different predictors, such as: past (e.g., neglect experiences) vs present variables (non-supportive parental responses) and individual (social skills) vs out-of-family variables (social reactions to the adopted child). This study brings new insights on research on adoption and adoptees’ social competence, besides being an important contribution for adoption practice.


RÉSUMÉ:

L’âge scolaire est une période particulièrement importante pour le développement socio-émotionnel de tous les enfants, surtout pour les enfants adoptés. Le monde social de l’enfant devient plus complexe et sa compétence sociale est un prérequis à son bien-être. Pour l’enfant adopté, s’ajoute un ensemble de défis spécifiques liés au besoin de faire face, personnelle et socialement, à l’adoption et au fait d’être une personne adoptée. L’investigation qui porte sur la compétence sociale des enfants adoptés est peu abondante et inconsistante/contradictoire. Le présent projet de recherche vise à étudier la compétence sociale sur un échantillon de 126 enfants, âgés entre 8 et 10 ans qui ont été adoptés nationalement, ayant recours à une approche de multi-informant incluant les enfants, leurs mères, pères, maîtres/maîtresses d’école et camarades de classe. L’objectif de cette recherche est l’étude d’un ensemble de variables individuelles relatives à l’enfant adopté (le vécu de l’adoption, l’adaptation /l’ajustement psychologique, la régulation émotionnelle, la sécurité émotionnelle, les représentations de l’attachement et le fonctionnement réflexif, le tempérament et les stratégies de coping), variables individuelles des parents (le vécu de l’adoption, la disponibilité émotionnelle et le fonctionnement réflexif), variables de l’interaction parent-enfant (la communication sur l’adoption et les réponses parentales aux émotions négatives des enfants) et variables hors-famille (l’ouverture de l’adoption à l’école, les connaissances et les idées des maîtres/maîtresses d’école sur l’adoption, l’ adaptation de pratiques pédagogiques en classe à propos de l’adoption). Les données relatives à 126 enfants furent recueillies au domicile de la famille et en classe. Ont participé à cette étude 103 enfants, 119 mères, 98 pères, 93 maîtres/ses et 2050 camarades de classe. Les résultats ont confirmé la nature contextuelle de la compétence sociale et la pertinence d’une approche multi-informant dans l’évaluation de la compétence sociale, notamment l’importance de l’auto-évaluation de l’enfant et la prise en considération simultanée les points de vue des mères et des pères. Les variables individuelles de l’enfant, en particulier le tempérament et la régulation émotionnelle, se sont révélées les principaux prédicteurs de la compétence sociale, suivies des variables parentales/familiales et des variables hors-famille. La trajectoire de prédiction de la compétence sociale est complexe et inclue des effets directs et indirects et de multiples interactions entre les différentes variables. Les résultats de cette étude constituent importante évidence scientifique et évoquent/définissent d’importantes recommandations pour la pratique professionnelle dans le domaine de l’adoption.

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