Análise Crítica das Teorias em Educação
| Áreas Científicas |
| Classificação |
Área Científica |
| CNAEF |
Ciências da educação |
Ocorrência: 2008/2009 - 1S
Ciclos de Estudo/Cursos
| Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
| MCED |
69 |
Plano Oficial |
1 |
- |
6 |
65 |
162 |
Língua de trabalho
Português
Objetivos
Espera-se que os estudantes, na sequência do processo de reflexão desenvolvido no âmbito desta unidade curricular, possam:
1. Interpelar os ditos e os não-ditos das abordagens teóricas que visam sustentar quer as reflexões quer as intervenções que configuram, balizam e identificam a área da Educação como uma área de referência nas sociedades contemporâneas;
2. Discutir e reflectir sobre a crise que atravessa o mundo educativo, enquanto expressão, também, das modalidades de que dispomos para pensar a educação.
Deste modo, pretende contribuir-se para que os estudantes desenvolvam competências que lhes possibilitem analisar criticamente os dispositivos, os contextos ou os projectos de educação que possam ocorrer tanto no domínio formal como no domínio não-formal.
Programa
1. A cientificidade em educação e as diferentes instâncias socio-históricas da sua construção: a estadocracia, a tecnocracia e a projectocracia
1.1- Na dimensão estadocrática:
1.1.1- os referentes epistemológicos da cientificidade: do racionalismo idealista (prioridade à consciência moral (KANT) ao positivismo (prioridade à consciência socio-política - DURKHEIM) e ao naturalismo (prioridade à adaptação - BINET)
1.1.2-– as diferentes legitimidades da educação como objecto científico face aos mandatos socio-políticos que a enquadram: a integração republicana (solidariedade orgânica – Durkheim); educação, adaptação e administração “científica” da sociedade (Binet).
1.1.3– Incidências sobre a relação teoria/prática: anterioridade lógico-ontológico do conhecimento e a sua dependência do princípio de identidade.
1.1.4– A crise da razão estadocrática: primado à intencionalidade do Sujeito (Husserl e Schutz).
1.1.5- A anterioridade hermenêutico – estratégica e a construção social da realidade;
1.1.6 – A tecnocracia e a razão industrial:
1.1.7 - Taylorismo: eficácia e medida;
1.1.7.1– Capitalização dos saberes: saberes como investimento.
1.1.8 – Projectocracia e sociedade em rede: da interdependência ao auto-governo;
1.1.8.1 - Legitimidade dos saberes como emergentes da acção; competências integradas (razão instrumental, razão prático-moral, razão estético-expressiva).
2 - Análise de momentos e de discursos teóricos de referência no domínio da educação
2.1 – A “Didáctica Magna” como instrumento de produção teórica subjacente à configuração e afirmação do modelo de educação escolar: Pressupostos e implicações
2.2 - A construção da cientificidade em educação: Definir as intervenções educativa em torno de um registo das certezas.
a. O significado epistemológico do «momento Compayré».
b. Durkheim e a afirmação das Ciências da Educação: Eleger os fins e definir os meios;
c. O «Movimento da Educação Nova» e a redenção da pessoa humana através da ciência: potencialidades, contradições e equívocos.
d. Entre a ilusão cientificista e a obsessão eficienticista: A psicometria como paradigma da mistificação positivista.
2.3 – Contributo para uma redefinição epistemológica da cientificidade em educação
Bibliografia Obrigatória
Coménio João Amós;
Didáctica magna. ISBN: ISBN 972-31-0108-4
Correia José Alberto;
Para uma teoria crítica em educação. ISBN: 972-0-34127-0
Fernandes Rui Eduardo Trindade;
Escola e influência educativa
Nóvoa António;
Histoire & comparaison. ISBN: 972-8036-22-1
Pharo Patrick;
Le sens de l.action et la compréhension d.autrui. ISBN: ISBN 2-7384-2162-8
Pinto F. Cabral;
A^formação humana no projecto da modernidade. ISBN: 972-8329-23-7
Coulon Alain;
Ethnométhodologie et éducation. ISBN: 2-13-045236-1
Matos Manuel Santos e;
Teorias e práticas da formação. ISBN: 972-41-2153-4
Lahire Bernard;
Culture écrite et inégalités scolaires. ISBN: ISBN 2-7297-0451-5
Houssaye Jean dir.;
La pédagogie. ISBN: ISBN 2-7101-1036-9
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
- Aulas expositivas (32 h.)
- Debates (24 h.)
- Tutorias (31 h.)
- Trabalhos em pequenos grupos (30 h.)
- Trabalho de pesquisa (28 h.)
- Avaliação (20 h.)
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
| Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
| Aulas da disciplina (estimativa) |
Participação presencial |
56,00 |
|
|
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Obtenção de frequência
O modelo de avaliação adoptado pressupõe o cumprimento da assiduidade de acordo com o previsto na lei para os restantes cursos da faculdade e sem prejuízo do disposto no ponto 4 do artigo 9º do regulamento de avaliação. A obrigatoriedade de presenças é de 3/4 do número de aulas.
Fórmula de cálculo da classificação final
A avaliação é de tipo "avaliação distribuída com exame final". O "exame final" é constituído por 2 trabalhos, um realizado no âmbito da Disciplina Específica 1 e da Análise Crítica das Teorias em Educação e outro realizado no âmbito da Disciplina Específica 2 e da Metodologia da Intervenção em Educação. Os estudantes podem integrar num ou noutro trabalho a Opção 1. O trabalho terá um máximo de 10 páginas, obedecerá à forma de ensaio ou artigo e será necessariamente acompanhado tutorialmente e defendido oralmente. Em alternativa, os estudantes podem realizar um só trabalho com as mesmas características e relativo a todas as unidades curriculares do 1º semestre com um máximo de 20 páginas. A classificação final do trabalho far-se-á na escala de 0 - 20 e resultará do cálculo da média das classificações dadas por cada docente de cada uma das unidades curriculares para que o trabalho foi elaborado. Qualquer trabalho apresentado será avaliado em função do seguinte conjunto de critérios:
A- Domínio dos Conteúdos (10 pontos)
a) o rigor e a pertinência da informação a que recorre;
b) a referência, sem equívocos, aos conteúdos fundamentais;
c) a articulação entre as diferentes perspectivas e/ ou problemáticas;
d) a apropriação e integração pessoal dos conteúdos.
B- Domínio da Escrita (10 pontos)
a) Clareza da(s) ideia(s)-chave que atravessa(m) o trabalho;
b) Estruturação do artigo e coerência interna do mesmo;
c) Clareza e coerência da argumentação desenvolvida;
d) Qualidade da escrita / correcção formal.
Provas e trabalhos especiais
Ver decisões incluídas no domínio relativo ao «cálculo da classificação final».
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Não há qualquer regime de avaliação especial, tendo em conta que o regime proposto contempla todo os tipos de situações que poderão ser abrangidas por esse regime.
Melhoria de classificação
Qualquer estudante pode requerer a revisão das suas provas, através da apresentação de um recurso a apresentar para o efeito. Neste caso, o professor deverá cumprir os requisitos a que a legislação em vigor o obriga. A melhoria da classificação, neste caso, tanto pode consistir na revisão do trabalho que o estudante tenha realizado, seguindo as indicações do(s) docente(s) da unidade curricular, como pode ocorrer mediante a sua discussão com esse(s) docente(s).