Intervenção em Vítimas
| Áreas Científicas |
| Classificação |
Área Científica |
| OFICIAL |
Psicologia |
Ocorrência: 2012/2013 - 1S
Ciclos de Estudo/Cursos
Língua de trabalho
Português
Objetivos
No final do semestre, o/a estudante deverá:
- Conhecer as principais teorias explicativas, as dimensões interacionais, as causas, dinâmicas e consequências da violência e da vitimação que permitam aos estudantes compreender, avaliar e intervir junto de vítimas (crianças, jovens e adultos).
- Compreender as dinâmicas específicas da violência intrafamiliar.
- Dominar alguns conhecimentos em áreas conexas (e.g., Direito, Criminologia, Medicina Legal).
- Dominar os conhecimentos e estratégias mínimos necessários à intervenção psicológica e psicossocial junto de vítimas de violência e/ou crime.
- Avaliar e intervir em situações de vitimação de crianças, jovens e adultos, seja em situações de emergência/risco/perigo e de intervenção em crise, seja em situações de apoio psicológico continuado.
- Ter desenvolvido competências básicas de intervenção em contextos profissionais diversos, como as instituições de apoio a vítimas, casas de abrigo, hospitais e centros de saúde, instituições policiais, diferentes instâncias do sistema judicial, serviços de consulta psicológica, projetos comunitários, assim como competências de integração em equipas multidisciplinares.
- Ter desenvolvido as competências básicas para elaborar relatórios e intervir em processos judiciais que envolvam vítimas de crime.
- Compreender a inter-relação entre a intervenção em vítimas e a intervenção em agressores.
Programa
- Introdução à Criminologia e à Vitimologia.
- Violência, agressão e vitimação.
- A violência criminalizada; processos de criminalização primária e secundária.
- Principais correntes teóricas psicológicas, psicossociais e criminológicas explicativas da violência e da vitimação.
- Vitimação: estatísticas criminais, inquéritos de vitimação, perfis de vitimação.
- Tipos de violência, de crime e de vitimação; contextos e formas de vitimação.
- Dinâmicas e consequências da violência/vitimação: os casos específicos da violência familiar (e.g., violência doméstica, conjugal e contra crianças); dos maus tratos a crianças (e.g., negligência, maus tratos físicos e psicológicos, abuso sexual); e dos crimes sexuais contra adultos.
- Modelos e estratégias de avaliação e de intervenção psicológica em vítimas de violência e crime (crianças e adultos; individual, de casal, de grupo; diferentes modelos e estratégias de intervenção).
- Os serviços de apoio às vítimas.
- Modelos de justiça restaurativa, mediação e reparação de danos.
- A relação Vítimas – Sistema de justiça.
Bibliografia Obrigatória
Cicchetti Dante ed. lit.;
Child maltreatment. ISBN: ISBN 0-521-37969-5
Finkelman Byrgen ed.;
Child abuse. ISBN: ISBN 0-8153-1818-9
Edleson Jeffrey L. ed. lit.;
Future interventions with battered women and their families. ISBN: ISBN 0-8039-5945-1
Freeman, J. & Lobovits. D. ; Playful Approaches to Serious Problems: Narrative Therapy with Children and their Families., W. W. Norton & Company., 1997
Furniss, T.; The multiprofessional handbook of child sexual abuse: integrated management, therapy and legal intervention., London: Routledge., 1991
Gil, E. ; Helping Abused and Traumatized Children: Integrating Directive and Nondirective Approaches., New York: The Guilford Press, 2006
Leventhal, B., & Lundy, S. (Eds.); Same-sex domestic violence: Strategies for Change., Thousand Oaks: Sage, 2000
Lutzker John R. ed. lit.;
Handbook of child abuse research and treatment. ISBN: ISBN 0-306-45659-1
Machado, C. (Coord., 2010). ; Vitimologia. Das novas abordagens teóricas às novas práticas de intervenção., Braga: Ed. Psiquilibrios., 2010
Machado Carla 570;
Crianças. ISBN: 972-8747-44-X
Machado Carla 570;
Adultos. ISBN: 972-8717-20-2
Magalhães, T. (Coord.); Abuso de Crianças e Jovens - Da suspeita ao diagnóstico., Lidel, 2010. ISBN: 9789727576555
Magalhães Teresa;
Maus tratos em crianças e jovens. ISBN: 972-8717-39-3
Matos, M. (2006). ; Violência nas relações de intimidade: estudo sobre a mudança terapêutica na mulher., Braga: Universidade do Minho., 2006
Sani Ana Isabel;
As crianças e a violência. ISBN: ISBN 972-8717-32-6
Walker Lenore E. Auerbach ed. lit.;
Handbook on sexual abuse of children. ISBN: ISBN 0-8261-5300-3
Walker, L.E.A.; The Battered Woman Syndrome, New York: Springer., 2000
Wolfe David A.;
Child abuse. ISBN: ISBN 0-8039-2833-5
Bibliografia Complementar
Alarcão Madalena;
(Des)Equilíbrios familiares. ISBN: 972-8717-30-X
Audet, J. & Katz, J-F.; Précis de victimologie générale, Paris: Dunod, 1999
Bottoms Bette L. ed. lit.;
International perspectives on child abuse and children.s testimony. ISBN: ISBN 0-8039-5628-2
Browne, K. & Herbert, M.; Preventing Family Violence, New York: Wiley., 1997
Canha, J.; Criança maltratada. O papel de uma pessoa de referência na sua recuperação. Estudo prospectivo de 5 anos., Coimbra: Quarteto., 2000
Dobash, R.E. & Dobash, R.P.; Rethinking Violence against Women, London: Sage., 1998
Doerner, W.D. & Lab, S.P.; Victimology, Cincinatti: Anderson Pub. Co, 1995
Fattah, E.A.; Criminology: past, present and future. A critical overview, London: McMillan Press., 1997
Geffner, R.A., Jaffe, P.G. & Sudermann, M. (Eds); Children Exposed to Domestic Violence., Binghamton, NY: Haworth., 2000
Gelles, R.J. & Loseke, L. (Eds).; Current controversies on family violence, Newbury Park, CA: Sage, 1991
Lopez, G.; Victimologie., Victimologie. Paris: Dalloz., 1997
Madriz Esther;
Nothing bad happens to good girls. ISBN: ISBN 0-520-20855-2
Marques-Teixeira, J. & Manita, C.; Psychological and Psychiatric Consequences of Violence. In Medical-Legal and Social Aspects of Injuries and Violence – International Master on Community Protection and Safety Promotion., Porto: Porto University, 2001
Morgan Marcia;
How to interview sexual abuse victims. ISBN: ISBN 0-8039-5289-9
Straus Martha B. ed. lit.;
Abuse and victimization across the life span. ISBN: ISBN 0-8018-3637-9
Salter Anna C.;
Treating child sex offenders and victims. ISBN: ISBN 0-8039-3182-4
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
- Aulas teóricas, de caráter expositivo.
- Aulas teórico-práticas com participação ativa dos/das estudantes, individualmente e em grupos.
- Discussão de casos práticos.
- Visionamento e discussão de vídeos (ou outros materiais) com conteúdos relativos aos comportamentos violentos/vitimação e à intervenção em vítimas.
- Elaboração de um trabalho prático pelos/as estudantes que envolve a simulação de uma situação de apoio psicológico a uma vítima (com uma proposta de avaliação e intervenção para esse caso prático), o que exige análise e partilha de conteúdos bibliográficos e reflexão crítica sobre conhecimentos e práticas.
- Orientação tutorial dos trabalhos teórico-práticos a desenvolver pelos/as estudantes e criação das condições para que estes realizem estudo/trabalho autónomo, incluindo pesquisa e revisões de literatura e assimilação de conhecimentos.
Palavras Chave
Ciências Sociais > Criminologia
Ciências Sociais > Ciências psicológicas > Psicologia
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
| Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
| Participação presencial (estimativa) |
Participação presencial |
54,00 |
|
|
| Avaliação através de exame escrito |
Exame |
2,00 |
|
|
| Trabalho prático (em pequeno grupo) |
Trabalho escrito |
40,00 |
|
|
| Exercício de Role-playing (em pequeno grupo) |
Teste |
10,00 |
|
|
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Componentes de Ocupação
| Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Data Conclusão |
| Estudo autónomo |
Estudo autónomo |
36 |
|
| Estudo supervisionado |
Estudo autónomo |
20 |
|
|
Total: |
56,00 |
|
Obtenção de frequência
Através do controlo de assiduidade dos/das estudantes, mediante assinatura de registo de presença nas aulas. Será considerada frequência válida a presença em 75% das aulas efetivamente dadas.
Em casos excecionais previstos na lei, a frequência tradicional poderá ser substituída pela realização de trabalhos práticos/de investigação, a definir com a docente no início do semestre.
De acordo com o estabelecido no regulamento de avaliação (cf. art.º 9), os estudantes terão de ter uma classificação mínima de 8 valores no trabalho prático a realizar, assim como no exame final. A não obtenção da nota mínima de 8 valores implica a reprovação na época de exame correspondente e obrigação de repetição da avaliação.
No caso de não apresentação do trabalho prático até à data limite estabelecida com os/as estudantes no início do semestre, não poderá o/a estudante ser admitido a exame final, não podendo, por consequência, obter aprovação final na disciplina.
Fórmula de cálculo da classificação final
Nota final numa escala de 0 a 20.
50% do valor da nota final resulta do exame final, incluindo questões de resposta mais direta a determinados conteúdos teórico-práticos e questões de desenvolvimento, estas últimas implicando a reflexão e integração de conhecimentos teóricos e práticos. Os outros 50% resultam da avaliação do trabalho teórico-prático elaborado pelos/as estudantes ao longo do semestre - um trabalho no qual os/as estudantes terão de proceder à simulação de uma situação de apoio psicológico a uma vítima e elaborar um plano de avaliação e de intervenção psicológica para esse caso prático.
Será feita a apresentação pública/defesa do caso e da proposta de intervenção, a complementar com uma síntese escrita, sendo a avaliação desta componente o produto das duas dimensões.
Provas e trabalhos especiais
Nas situações legalmente previstas, em que os/as estudantes não possam participar nas aulas práticas de simulação do caso e da intervenção, deverão, em substituição, proceder à apresentação escrita de um caso por eles/as criado e propor um plano de avaliação e de intervenção psicológica para esse caso prático. Da mesma forma, nas situações legalmente previstas em que os/as estudantes não possam realizar o exame escrito, deverão substituí-lo por um trabalho escrito temático, a combinar com a docente no início do semestre.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Em casos excecionais, previstos na lei, ou em casos devidamente justificados e aceites como válidos pelos órgãos de gestão da Faculdade competentes para o efeito, poderá ser realizada uma avaliação fora do contexto habitual e do calendário previsto, através da realização de um trabalho escrito de teor similar ao que os restantes estudantes efetuaram para avaliação da componente prática (valendo 50% da nota final) e da realização de uma prova oral ou escrita, versando sobre conteúdos lecionados na disciplina ao longo do semestre (valendo 50% da nota final). Nestes casos, o/a estudante deverá contactar o docente responsável pela disciplina no início do semestre para definição das regras e metodologias de avaliação alternativa.
Melhoria de classificação
Possibilidade de realização de um novo exame final escrito, para melhoria de nota, na época de exame seguinte oficialmente válida, não havendo lugar a repetição da avaliação da componente prática/melhoria do trabalho prático.
"Os estudantes podem requerer uma prova de melhoria de classificação uma única vez por disciplina, numa das duas épocas, normal ou de recurso, imediatamente subsequentes àquela em que obtiveram aprovação e em que a disciplina tenha prova de avaliação prevista" (Artigo 11.°, ponto 1. do “Regulamento dos princípios a observar na avaliação dos discentes da Universidade do Porto e normas específicas a aplicar nos cursos da FPCE”).