Prática Psicológica I
| Áreas Científicas |
| Classificação |
Área Científica |
| OFICIAL |
Psicologia |
Ocorrência: 2007/2008 - 1S
Ciclos de Estudo/Cursos
| Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
| MIPSI |
136 |
Plano Oficial 2007/2008 |
2 |
- |
4 |
36 |
108 |
Língua de trabalho
Português
Objetivos
1. Estimular a aquisição, o desenvolvimento e o treino de um conjunto competências do domínio do saber-estar em relação com o outro, que resultem numa capacidade acrescida do estudante para construir uma aliança de trabalho de qualidade [isto é, facilitadora dos sentimentos de confiança, segurança e conforto psicológico do(s) consulente(s)]
2. Tornar o estudante capaz de alcançar uma compreensão dinâmica da experiência psicológica
do(s) consulente(s) com quem interage, apoiada numa atitude de descentração de si próprio e de aceitação, respeito e valorização do quadro interno de referência do outro.
3. Promover a capacidade do futuro psicólogo para estimular a compreensão e a tomada de consciência pelo(s) consulente(s) da lógica interna do seu próprio modo de funcionamento psicológico, enquanto condição para desencadear a actualização, a complexificação e a resignificação do (s) conteúdo(s) (cognitivos, afectivos e emocionais) da sua experiência subjectiva.
4. Tornar o futuro psicólogo capaz de envolver ctivamente o consulente no processo de intervenção reforçando o seu protagonismo na produção da mudança psicológica.
5. Proporcionar aprendizagens que permitam ao futuro psicólogo identificar e descrever as competências e dimensões de comportamneto mais relevantes no desempenho do papel profissional de psicólogo, tornando-se capaz de as articular de um modo integrado, contextualizado e fluído nas sequências do processo de comunicação/interacção com o(s) consulente(s)
6. Permitir ao estudante desenvolver orientações e repertórios comportamentais próprios, que potenciem evoluções progressivas na capacidade de adaptar o seu estilo a diferentes consulentes
7. Contribuir para que o estudante apure uma consciência crítica em relação ao seu comportamento e prática, a apartir da compreensão da necessidade de permanentemente monitorizar, explorar e reflectir acerca da qualidade da relação estabelecida e do seu desempenho enquanto psicólogo.
Programa
1. Competências de atendimento e de comunicação/interacção face a face, envolvidas:
1.1. No estabelecimento e consolidação da relação de trabalho;
1.2. Na clarificação da situação problemática;
1.3. Na exploração de pensamentos e sentimentos;
1.4. Na facilitação da expressão emocional;
1.5. No alcance e transmissão de compreensão empática ao(s) consulente(s).
2. Competências para desafiar e gerar mudanças significativas nas representações que o(s) consulente(s) apresente(m) da situação-problema, do mundo, dos outros e do próprio self de modo a criar condições para:
2.1. O questionamento dos seus padrões habituais de funcionamento;
2.2. A exploração profunda de sentimentos;
2.3. A reconstrução dos significados atribuídos à situação-problema;
2.4. A adopção de uma nova perspectiva (mais completa, diferenciada, flexível...) da realidade que o predisponha e motive para a mudança.
3. Competências destinadas a orientar e mobilizar o consulente (e/ou os seus significativos) para as diversas tarefas de intervenção, criando condições para a participação efectiva daquele(s):
3.1. Na definição de objectivos de mudança;
3.2. Na identificação, selecção e implementação de alternativas de acção relevantes à mudança;
3.3. Na exploração e experimentação possíveis novos comportamentos;
3.4. Na avaliação e integração dos resultados dessas tentativas de mudança;
3.5. Na generalização das aprendizagens resultantes dessas experiências de acção (in vitro ou in vivo) ao concreto da sua vida quotidiana.
Bibliografia Obrigatória
Burnard, Philip; Counselling Skills for health professionals (2nd Ed.) , United Kingdom: Stanley Thornes, Publishers Ltd , 1994
Egan, Gerard ; The skilled helper: Model, skills, and methods for effective helping (2nd Ed.), California: Brooks/Cole Publishing Company, 1982
Hill, Clara E. & O’Brien, Karen M. ; Helping skills: Facilitating exploration, insight, and action, Washington: American Psychological Association, 1999
Hill, Clara E. & O’Brien, Karen M. ; Skills demonstration and practice exercises, Washington: American Psychological Association, 1999
Ivey, Allen E. & Gluckstern, Norma B. ; Basic attending Skills , Massachusetts: Microtraining Associates, Inc., 1974
Ivey, Allen E. & Gluckstern, Norma B. ; Basic influencing Skills , Massachusetts: Microtraining Associates, Inc., 1976
Ivey, Allen E. ; Intentional interviewing and counselling , California: Brooks/Cole Publishing Company, 1994
Nelson-Jones, R. ; The theory and practice of counselling psychology , Great Britain: The Pitman Press, 1982
Nelson-Jones, R. ; Introduction to counselling skills: Text and activities, London: Sage Publications, 2000
Nelson-Jones, R. ; Basic Counselling Skills: A helper’s manual, London: Sage Publications, 2003
McHenry, W. & McHenry, J.; What counselors say and why they say it: Effective Therapeutic responses and techniques, Allyn & Bacon, 2007
Hackney, H. L. & Cormier, S. ; The professional counselor: A process guide to helping (5.ª Ed.), Allyn & Bacon, 2005
Observações Bibliográficas
Os textos das obras que fazem parte da Bibliografia Principal encontram-se disponíveis on-line no Sigarra devidamente associados aos temas do programa da UC
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
As aulas em causa desenvolvem-se segundo um modelo didáctico-experiencial de acordo com o qual se procura que os estudantes aprendam quais são e para que servem as competências de atendimento ou influência interpessoal ao dispôr do psicólogo, o que passa por expor os estudantes a um conjunto de informações essenciais relativamente à definição de cada competência, à especificação dos objectivos e/ou intenções que podem contribuir para realizar, à descrição das formas da sua tradução comportamental/verbal .
Todavia, o desenvolvimento de competências de consulta não pressupõe apenas a aprendizagem de conhecimentos sobre elas mas sim a capacidade de as pôr em prática o que supõe a oportunidade de as exercitar de modo a poderem apropriar-se delas ainda que a um nível básico. Desta forma, procura-se,igualmente, que os estudantes tenham a oportunidade de (1) explorar as suas preocupações em relação à prática da consulta psicológica; (2) experimentar e praticar através de actividades de simulação, as principais competências e atitudes que tornam o psicólogo um profissional capaz de agir com intencionalidade ; (3) reconhecer os pontos fortes e os pontos fracos do seu perfil pessoal em termos da necessidade de interagir com o consulente de forma competente.
Um desempenho competente em consulta psicológica pode requerer uma revisão mais ou menos profunda do modo como os futuros psicólogos se habituaram a ouvir e a interagir na sua vida quotidiana, não sendo de estranhar que, nalguns casos, surjam algumas tensões entre o que foi aprendido no passado e o que é requerido relativamente ao futuro. Tal implica que a aprendizagem das competências se faça também na perspectiva de uma maior auto-consciência e de um maior desenvolvimento pessoal .
Software
Não aplicável
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
Componentes de Avaliação
| Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
| Aulas da disciplina (estimativa) |
Participação presencial |
28,00 |
|
|
| Apresentação e exploração na aula de um tema (centrado na abordagem de uma ou mais competências de intervenção psicológica) (Actividade de Aprendizagem I) |
Trabalho escrito |
8,00 |
|
|
| Elaboração de uma síntese pessoal (escrita) das aprendizagens realizadas acerca das competências básicas de intervenção psicológica (Actividade de Aprendizagem II). |
Trabalho escrito |
3,00 |
|
|
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Componentes de Ocupação
| Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Data Conclusão |
| Participação nas aulas |
Frequência das aulas |
10 |
|
|
Total: |
10,00 |
|
Obtenção de frequência
A obtenção de frequência (e aprovação) pressupõe que o estudante satisfaça os requisitos mínimos ao nível da assiduidade, da qualidade de participação nas aulas e de sucesso na totalidade das actividades de aprendizagem previstas.
. ACTIVIDADE DE APRENDIZAGEM I
Apresentação e exploração na aula de um tema (centrado na abordagem de uma ou mais competências de intervenção psicológica), de acordo com o seguinte plano de trabalho:
1.º Momento/fase - Introdução/enquadramento inicial ao tema (exposição oral)
2.º Momento/fase - Exploração prática das competências (realização de actividades e exercícios)
3.º Momento/fase - Experimentação simulada (role-playing de uma situação hipotética de intervenção psicológica)
4.º Momento/fase- Avaliação, discussão e integração dos resultados das actividades de exploração prévias
. ACTIVIDADE DE APRENDIZAGEM II
Elaboração de uma síntese pessoal das aprendizagens realizadas acerca das competências básicas de intervenção psicológica.
O conteúdo e o formato do trabalho ficará inteiramente ao critério de cada estudante. Qualquer que seja a forma assumida pelo trabalho pretende-se que ele (1) manifeste (sob a forma de aplicação em situação) as aprendizagens efectuadas na disciplina e/ou (2) constitua uma reflexão pessoal do estudante acerca de uma parte e/ou da totalidade dessas mesmas aprendizagens.
Exemplo: Elaboração do excerto de uma consulta psicológica, em que as verbalizações do psicólogo se articulam com as do/a potencial consulente, de uma forma que manifeste intencionalidade. Espera-se que, nesse diálogo, o estudante operacionalize, o maior número possível de competências de intervenção psicológica que tenha aprendido. Essas competências deverão ser identificadas e a opção pelo seu uso deverá ser justificada no contexto das necessidades que sejam avaliadas a cada momento da interacção que se desenrole.
Fórmula de cálculo da classificação final
A classificação final resultará do somatório das classificações ponderadas de cada uma das componentes de avaliação, conforme se segue:
. Assiduidade e qualidade da participação nas actividades do tempo de contacto presencial - 10% de ponderação
NOTA: O cumprimento da assiduidade é um pré-requisito para a aprovação na disciplina (apenas são admissíveis 3 faltas)
. Actividade de Aprendizagem I - 50% de ponderação
. Actividade de Aprendizagem II - 40% de ponderação
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Os estudantes nesta condição (i.e., que beneficiam de dispensa das aulas), estão sujeitos ao mesmo plano de actividades, regime de avaliação e sistema de recurso/melhoria de nota dos restantes estudantes.
Melhoria de classificação
Apenas será possível efectuar recurso/melhoria relativamente à classificação final já que a melhoria da classificação distribuída pressuporia a reinscrição na disciplina num outro ano lectivo para a repetição das actividades lectivas.
Sempre que se justifique o recurso ou a melhoria de nota o estudante será solicitado a realizar um novo trabalho escrito que cumpra os requisitos relativos à Actividade de Aprendizagem II.
Observações
Todos os documentos de apoio às actividades lectivas serão disponibilizados na página da disciplina existente no Sigarra.