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Bolsas FLAD atribuídas a dois investigadores da FMUP

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André Sousa e Joana Reis Pardal irão prosseguir o seu trabalho nos Estados Unidos

Bolsas FLAD

Dois investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) foram contemplados com a Bolsa da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD R&D@USA). Joana Pardal Reis e André Sousa já falaram sobre esta distinção, que lhes permitirá prosseguir a sua investigação científica em universidades de referência a nível internacional (Universidades de Stanford e de Pittsburgh, respetivamente).

“É um orgulho para mim poder contar com mais este prémio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Esta bolsa consiste em mais um apoio monetário mensal que me irá permitir fazer face a muitas das despesas envolvidas na minha estadia nos Estados Unidos. Além disso, este apoio da FLAD irá aumentar a visibilidade do meu projeto de investigação, o que é muito gratificante”, afirma Joana Reis Pardal, estudante do Programa de Doutoramento em Investigação Clínica e Serviços de Saúde (PDICSS) da FMUP.

André Sousa partilha o mesmo sentimento. “Fiquei muito feliz de ter a oportunidade de pertencer à comunidade FLAD. É mais uma ferramenta de apoio à minha estadia nos Estados Unidos. Com esta bolsa de estágio da FLAD, consigo ter não só uma maior estabilidade financeira, mas também utilizar a rede de apoio FLAD para me auxiliar na estadia e ampliar a boa imagem da Universidade do Porto junto dos colegas da Universidade de Pittsburgh”, reagiu o doutorando do Programa Doutoral em Metabolismo – Clínica e Experimentação da FMUP.

Para o doutorando da FMUP, esta bolsa é “uma porta de embarque numa viagem mais aprofundada ao paradoxo de cancro de próstata e diabetes tipo 2. Estamos a utilizar linhas celulares de cancro e linhas celulares não tumorais (de próstata) e a expor a condições que mimetizem o ambiente diabético”.

Concomitantemente, diz, “estamos a estudar a expressão de uma família de proteínas que suspeitamos estarem a ser desativadas neste ambiente, o que pode constituir uma porta para um novo tratamento. O passo seguinte será aprofundar a desativação dessa mesma família sem que o ambiente diabético seja necessário”.

“Sinto que estou na fase mais empolgante, a beirar uma excelente descoberta para a comunidade científica. Quanto mais agressivo o tumor prostático é, mais efeito tem o ambiente diabético para o fazer regredir, e isso é muito interessante para possivelmente solucionar o problema de cancros de estádio avançado”, avança.

No caso de Joana Reis Pardal, o principal objetivo da investigação que desenvolve é “avaliar a exequibilidade, fiabilidade e validade de um novo método de síntese de evidência que pretende remover potenciais vieses dos resultados, de forma a produzir resultados mais fiáveis para a tomada de decisão em saúde”.

A investigadora encontra-se já na última fase do projeto. Os resultados obtidos até agora permitiram “clarificar certas questões relacionadas com a exequibilidade e a fiabilidade do método, o que permitiu produzir recomendações para a sua melhor utilização na prática da síntese de evidência”.

Joana Reis Pardal confessa que gostaria de trazer para o seu país e para a Universidade do Porto a sua experiência nos Estados Unidos e as novas competências que espera adquirir.

Quanto a André Sousa, é categórico. “Pretendo voltar a Portugal. Tudo o que aprender e viver aqui será uma ferramenta útil para continuar a desenvolver o projeto junto das entidades portuguesas que sempre me acolheram. Obviamente, não pretendo fechar este ciclo na América, esperando que os frutos deste período possam ser perpetuados com colaborações no futuro, à distância e pontualmente in situ”.

Os investigadores da FMUP foram dois dos 15 selecionados estudantes de Mestrado e Doutoramento selecionados para realizar estágios de investigação nos EUA no primeiro semestre de 2025. Ambos tinham já ganho bolsas da Fulbright Commission Portugal para a Investigação com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

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