"O nosso objetivo era entender a dor associada à osteoartrose e de que forma a ativação das células gliais poderiam contribuir para o desenvolvimento da patologia no joelho.", explica Fani L. Neto, coordenadora da investigação.
O estudo mostrou que essas mesmas células estão ativadas no sistema nervoso e que após a administração de um inibidor dessas células, em animais com a osteoartrose de um joelho, verificou-se uma diminuição da perceção de dor associada.
"Concluímos que a ativação destas células gliais está implicada no desenvolvimento da dor crónica na osteoartrose e que, portanto, a sua inibição representará um potencial terapêutico no alívio da dor para os doentes que apresentem estas mesmas condições", conclui a professora da FMUP.
Avaliado em 7.500 euros, o galardão premiou o trabalho intitulado "Ativação das células gliais num modelo experimental de nocicepção associada à osteoartrose", da autoria de Sara Adães, Lígia Almeida, Catarina S. Potes, Ana Rita Ferreira, José M. Castro-Lopes, Joana Ferreira-Gomes e Fani L. Neto.
Todos os elementos da equipa de investigadores estavam afiliados, no momento de execução do projeto, ao Departamento de Biomedicina e à Unidade de Biologia Experimental da FMUP e ao Grupo de Dor do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), no i3S.
Sobre a Fundação Grünenthal