Resumo (PT):
A primeira descrição de uma cirurgia carotídea como profilaxia do AVC, com sucesso, surgiu em 1954. Desde então endarteriectomia carotídea tornou-se o tratamento de eleição para a correcção da estenose carotídea e prevenção do acidente vascular cerebral, mantendo-se em discussão os factores que determinam a morbimortalidade associada. Os autores pretendem avaliar a morbilidade major (AVC, EAM e morte) e mortalidade dos doentes submetidos a endarteriectomia carotídea, efectuada entre Janeiro de 1998 e Dezembro de 2005. Foram efectuadas 258 intervenções correspondendo a 235 doentes (idade média: 67,7 anos), sendo 199 (80,9%) destes sintomas sintomáticos e 62 (24%) apresentam lesão contralateral. A cirurgia foi realizada sob anestesia geral em 157 (61%) casos, loco-regional em 101 (39%). A morbilidade major foi de 7% (18 doentes) e a morbilidade neurológica (AVC e morte de causa neurológica) de 5,4% (14 doentes). A mortalidade foi respectivamente de 4,3% (11 doentes). Nos doentes assintomáticos a morbilidade major e a mortalidade foi respectivamente de 4,3% (2 doentes) e 2,1% (1 doente). Nesta série a morbilidade major e a mortalidade é compatível com outras séries representativas da literatura.
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
Contact:
Alfredo Cerqueira