Resumo (PT):
A escrita como processo verbal não pode viver alheada da leitura. Assenta na leitura e até na releitura a incontornável revisão como subprocesso da escrita como processo. Contribui sobretudo a revisão, no conjunto de subprocessos da escrita (planificação, tradução, revisão) (Fower & Hayes, 1981), para que se veja que as etapas desse processo não seguem cegamente a ordem enunciada. A escrita é, antes, um processo verbal em que coexistem os movimentos linear e recursivo das aduzidas etapas (Sommers, 1978). Além disso, a redação/composição/tradução das ideias também não constitui um ato automático. Uma abordagem psicolinguística explicará melhor a complexidade inerente à conversão do que se quer dizer no como e quando dizer. Objetiva-se neste texto, privilegiando o leitor, averiguar o que distingue (ou não) o exercício da revisão de um texto pelo seu autor do de um texto alheio efetuado por um revisor profissional, sob mandato do autor/cliente. Neste enquadramento, justifica-se, quando estão em causa, por um lado, um trabalho académico e, por outro lado, uma notícia de jornal, encontrar respostas para as seguintes questões: A estrutura que estes “géneros textuais” apresentam coincidirá com o modo que mais se ajusta ao percurso que o(s) leitor(es) segue(m) aquando da sua leitura? Que se espera, então, da revisão na escrita nas duas situações para que a sua finalidade seja atingida? São ainda partilhadas algumas descrições de alunos do 4.o e 11.o anos de escolaridade e de estudantes universitários sobre o que entendem por revisão da escrita para delas se extraírem possíveis ensinamentos.
Abstract (EN):
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
Notes:
Tomo 2. Disponível no Repositório Científico do Instituto Politécnico de Santarém: http://hdl.handle.net/10400.15/3891