Resumo (PT):
O presente relatório, realizado no âmbito do Mestrado em Ensino de Artes Visuais, é o culminar de toda uma reflexão elaborada em torno do meu estágio pedagógico, realizado na Escola Artística de Soares dos Reis. Os textos que aqui se apresentam refletem, em primeira mão, a minha experiência na docência, carregando também o peso dos conflitos interiores com que me debati, quando confrontado com este vulto que é a escola de ensino artístico especializado.
A expressão “um desenho no (in)determinado” remete-nos para o ensino pela arte, para o paralelo entre o insumo da figura que ensina e o que o conjunto de alunos vivencia, no meio escolar.
Através do ensino do desenho foi-me possível compreender a importância desta ferramenta enquanto promotora de experiências, do que é mundano e do que é artístico, do desenvolvimento cognitivo, e da sua notável e justificada interferência nas dinâmicas do ensino, e até da escola.
Partimos de um quadro teórico de reflexões, que de uma forma abrangente, se traduz numa das ideias que o projeto educativo escolar evidenciou: o “saber ver” e o “saber fazer”. Estes conceitos estão na origem das inúmeras dúvidas sobre o desafio de ser professor, sobre a matéria que compõe esse que é o guia dos alunos, sobre a sua influência e peso no desenvolvimento destes, e a sua responsabilidade, oportunidade, de apontar os primeiros passos no caminho da construção da sua essência.
O contexto é a sala de aula, enquanto campo de investigação e de exercício de experimentação. Este estágio numa turma de 10ºano, na disciplina de desenho, permitiu-me construir um saber a partir das memórias dos alunos, permitiu-me relacionar conhecimentos anteriormente adquiridos sob a óptica da minha própria experiência vivida, discernindo e trabalhando individualidades, atribuindo-lhes significado, influência, ou seja, relacionando-as, produzindo entendimento.
Language:
Portuguese
No. of pages:
106