Resumo (PT):
1. Introdução
O conferencista, numa intervenção com o título “PMEs e PMPs como motor de crescimento da América Latina”, começou por traçar um retrato empresarial no seu país, o Perú, enfatizando de modo particular a dificuldade das microentidades no acesso ao financiamento bancário. Segundo ele, elas tinham em média um custo de financiamento de 34%, enquanto para as grandes empresas esse custo rondava os 7%.
Considerando que se discutiam médias, existiriam microentidades com um custo de financiamento anual muito superior ao referido; além disso, como a taxa de inflação anual no Perú rondava, então, os 3%, não havia dúvidas que o financiamento bancário apresentava um custo real elevado, condicionador da expansão e desempenho das entidades que a ele recorriam e, por arrastamento, da própria economia peruana.
Para o orador, um mais fácil acesso ao financiamento bancário passava por uma intervenção governamental. Não a detalhou, mas pelo tom da sua comunicação intuía-se ser do tipo fixação de tetos-limite nas taxas de juro a cobrar pelo sistema financeiro. Sem prejuízo de que pudesse, eventualmente, existir espaço para intervenção pública no domínio do financiamento das entidades, como adiante se verá, não parece que ela possa ser do tipo sugerido nas entrelinhas, pelo impacto negativo que daí poderia advir para esse sistema e, por arrastamento, para a economia como um todo.
Com efeito, pelo menos aparentemente, a origem do problema não estava no funcionamento do sistema financeiro, mas sim nas entidades empresariais e nas lacunas que apresentavam ao nível da preparação e disponibilização de informação financeira. A tomada das empresas peruanas como centro da presente discussão é meramente instrumental pois, como se verá mais à frente, para o caso português, o problema apresentado é semelhante, de onde se pode admitir, sem risco de exagerar, que se trata de um problema transversal às diversas economias.
Abstract (EN):
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Technical
No. of pages:
3