Resumo (PT):
A situação atual do tráfego nas rodovias brasileiras, caracterizada pelo aumento da quantidade e dos pesos dos veículos, tem gerado discussões e algumas publicações de trabalhos técnicos sobre as cargas transmitidas às Obras de Arte Especiais que compõem essas rodovias. É quase um consenso que o modelo de cargas móveis adotado desde 1984 pela NBR 7188, composto por um veículo-tipo de três eixos, oriundo de antigas normas alemãs, não corresponde às condições dos veículos reais no que se refere aos esforços transmitidos às pontes e viadutos. Na busca por um modelo mais apropriado, alguns pesquisadores identificam as cargas móveis do Eurocódigo como mais realistas e adequadas, por terem sido obtidas por meio de calibração do tráfego ao longo de anos e incluírem os efeitos dinâmicos. Por isso, o processo de modificação da NBR 7188 poderá também considerar um modelo nos moldes do que é adotado no Eurocódigo 1. Essa questão torna-se mais complexa nos casos de pontes existentes que necessitam passar por intervenções de alargamento e reforço para se adequarem aos novos gabaritos transversais adotados na ampliação da malha viária brasileira, pelo fato de a maioria delas ter sido projetada para cargas móveis ainda mais defasadas que as atuais.
É nesse contexto que este artigo pretende contribuir para ampliar o conhecimento nessa área ainda pouco explorada, realizando uma análise comparativa com o uso de elementos finitos, entre os modelos de carga LM1(Load Model 1) do Eurocódigo 1 e do Trem-Tipo Classe 450KN da NBR 7188
em projetos de alargamento e reforço para três diferentes sistemas estruturais de pontes de concreto armado típicas das rodovias brasileiras.
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific