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Climatologia

Código: FLUP0027     Sigla: CLI2

Ocorrência: 2006/2007 - 2S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Departamento de Geografia
Instituição Responsável: Faculdade de Letras

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
GEO 146 Plano Oficial - LGEO 1 - 6 -

Objetivos

Esta disciplina do 1º ano da licenciatura em Geografia, pretende ir de encontro às necessidades e interesses dos seus estudantes, no que respeita às suas exigências de qualificação e de formação cívica e cultural, bem como, às suas expectativas de aprendizagem, no sentido de uma formação ao longo da vida.

Procurar-se-á entrecruzar ciência, cultura e pensamento, favorecendo os inputs de saberes de diversos domínios e mesclando várias formas de conhecimento, de modo, a criar e desenvolver hábitos de investigação que formem indivíduos activos de excelência intelectual que, no futuro, possam vir a carrear contributos relevantes para a sociedade.

Assim, estaremos a contribuir para a formação de um perfil de geógrafo, apto a reagir com competência, às exigências do mercado que integrará em 2009 (cada vez menos o do ensino e mais o da investigação científica, do ordenamento do território, do ambiente, da assessoria à decisão económica, política, etc.).

Esperamos, com esta disciplina, contribuir para dotar o geógrafo de competências para desempenhar um papel activo na promoção do desenvolvimento da região onde se insere. Por isso, tentaremos, sempre que possível, trazer exemplos de estudos portugueses e, de preferência, do norte de Portugal.

O objectivo global da Climatologia é contribuir, conjuntamente com as outras disciplinas do 1º ano do curso de Geografia, para transmitir aos estudantes um corpo de conhecimentos no domínio geográfico, no nosso caso, particularmente no âmbito da climatologia, que enriqueça a sua capacidade de análise e compreensão da teia relacional existente entre as várias componentes do Ecossistema à escala global, regional e local.

As elaborações teórico-práticas sobre esta temática, pretenderão, para além da transmissão de informação, motivar sempre a consolidação, nos estudantes, de uma capacidade analítica bem estruturada.

Os estudantes, já familiarizados com o vocabulário e a linguagem geográfica, devem compreender alguns conceitos básicos fundamentais, de modo a serem, no futuro, capazes de:
-conhecer as entidades específicas, os símbolos e os métodos de cada tema, bem como, o modo de os relacionar entre si;
-compreender os fundamentos e princípios teóricos;
-analisar a informação estatística e bibliográfica disponível para cada tema e as relações entre os diversos fenómenos;
-aplicar e utilizar os conceitos, os princípios e os métodos apreendidos durante a aula em situações novas;
-sintetizar a informação recebida de um modo compartimentado, num corpo de conhecimentos articulado, único e coerente;
-avaliar uma ideia, um conceito, uma teoria ou um método, recorrendo para esse juízo de valor à utilização dos critérios mais adequados.

Dentro dos 4 núcleos temáticos que constituem o Programa de Climatologia a leccionar, os estudantes, serão convidados, no decurso das aulas teóricas e práticas, a:
- identificar as componentes e os processos presentes no Sistema Climático e em alguns dos seus Subsistemas ;
- enumerar os princípios e fundamentos teóricos que justificam cada um dos processos identificados no Sistema Climático ;
- interpretar as relações de causalidade existentes no Sistema Climático .

Durante as sessões práticas, correspondentes a cada um dos núcleos temáticos, os estudantes são motivados a exercitar e aplicar os conceitos apreendidos durante as aulas teóricas, a partir de um conjunto de problemas que são solicitados a resolver.

Com as sessões práticas pretender-se-á contribuir para consolidar a capacidade dos estudantes para diagnosticar, construir e aplicar os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas e práticas, bem como, ensinar os métodos e as técnicas de análise mais eficazes para atingir os objectivos pretendidos.

Programa

Teóricas

1. A humidade na Atmosfera – introdução
1.1. A mudança de estado físico da água enquanto veículo de transferência energética no sistema climático (processos de evaporação, condensação e evaporação).
1.2. O ciclo hidrológico – ramo aéreo e terrestre
1.3. A humidade relativa e absoluta
1.4. Evaporação, condensação e precipitação
1.5. Nuvens – tipos e processos de formação
2. Estabilidade e instabilidade atmosférica
3. Mecanismos elementares de ascendência e subsidência
4. A Precipitação
4.1. Teorias explicativas de formação da precipitação
4.2. Características e tipos de precipitação
4.3. Padrão de distribuição mundial da precipitação
5. Movimentos da atmosfera, mecanismos e dinâmica geral
5.1. Pressão atmosférica
5.2. Leis do movimento na atmosfera
5.3. Fluxos de ar à superfície e em altitude
5.4. Circulação Geral da Atmosfera – modelos explicativos
5.5. Circulação das águas oceânicas – superficiais e subsuperficiais
6. Massas de ar e frentes
7. Estado de Tempo e posicionamento relativo de massas de ar, aparelhos barométricos e frentes
8. Tipos de Tempo mais frequentes na Europa Ocidental
9. As Classificações Climáticas
9.1. Os grandes sistemas de classificação
9.2. Os limites climáticos


Práticas
1. A análise conjunta de elementos climáticos
1.1. Características dos regimes termopluviométricos
1.2. Conceitos de mês seco
1.3. Os elementos Evaporação e Humidade Relativa
1.4. As formas de representação gráfica
1.5. Gráficos termopluviométricos e climogramas
2. Balanços Hidrológicos Regionais e Locais
2.1. O balanço hídrico sequencial mensal segundo Thornthwaite
2.2. Os principais contrastes em função dos factores geográficos
3. Circulação Atmosférica, Situações Sinópticas e Estados do Tempo
3.1. As Cartas Sinópticas do Boletim Meteorológico Diário
3.2. As associações entre Tipos de Circulação, Situações Sinópticas e Estados de Tempo
3.3. As Massas de Ar e os Ventos
3.4. Os tefigramas e os diagramas aerológicos
3.5. Formas de representação gráfica do vento
4. As Classificações Climáticas
4.1. Aplicação das Classificações de Köppen e Thornthwaite

Bibliografia Principal

BARRY, B.; CHORLEY, R., Atmosfera, tiempo y clima, Omega, Barcelona, 1980.
DAVEAU, S., O ambiente geográfico natural. Aspectos fundamentais, C.E.G., Lisboa, 1976.
DAVEAU, S., Estações meteorológicas exemplificativas dos principais tipos climáticos de Portugal Continental, “Finisterra”, vol. XI, nº 21, Lisboa, 1980, p. 301-315.
ESCOURROU, G., Climatologie pratique, Masson, Paris, 1978.
ESTIENNE, P., GODARD, A., Climatologie, Armand Colin, Paris, 1970.
GRISOLET, H.; GUILMET, B.; ARLERY, R.; Climatologie, methodes et pratiques, Gauthier-Villars, Paris, 1973.
HENDERSON-SELLERS, A., ROBINSON, P.J., Contemporary Climatology, Longman Scientific & Technical, U.S.A., 1987.
HUFTY, A., Introducción a la Climatologia, Editorial Ariel, Barcelona, 1984.
MONTEIRO, A., Geografia Física I, ed. da autora, Porto, 1996, 96p.
MONTEIRO, A., O clima urbano do Porto. Contribuição para a definição de estratégias de planeamento e ordenamento do território. Textos Universitários de Ciências Sociais e Humanas, Fundação Calouste Gulbenkian, Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, Lisboa, 1997, 486p.
PÉDELABORDE, P., Introduction à l’étude scientifique du clima, Sedes, Paris, 1971.
PEIXOTO, J.P., A radiação solar e o ambiente, Lisboa, C.N.A, Lisboa, 1981.
PEIXOTO, J.P., O sistema climático e as bases físicas do clima, S.E.A.R.N., Lisboa, 1987.
STRAHLER, A.N., Physical Geography, John Wiley & Sons, USA, 1975.

Bibliografia Complementar

A bibliografia será fornecida no decurso do ano lectivo

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

A dimensão e as características do grupo de estudantes, a escassez de tempos lectivos, a fraca qualidade/diversidade de recursos disponíveis e as características inerentes a este tipo de disciplinas do 1º ano da licenciatura em Geografia, impede, por exemplo, alterar, como desejaríamos, o método tradicional que pressupõe uma divisão bem marcada entre as aulas teóricas e práticas.

Nas aulas teóricas optaremos, estrategicamente, por desenvolver as temáticas num tom mais expositivo, menos participativo, onde os períodos de reflexão em grupo são restritos, bem delimitados e controlados por nós. A participação mais activa dos estudantes é motivada, nos últimos 10-15 minutos de cada sessão lectiva de 2h, quando enunciamos e esclarecemos, algumas das questões e/ou curiosidades que, individualmente ou em grupo, nos fizeram chegar.

A natureza dos conteúdos abordados torna imprescindível o uso constante de suportes gráficos (diagramas, quadros, mapas, etc.) suficientemente apelativos. O retroprojector, os diapositivos, o vídeo e o quadro são, por isso, recursos de que não podemos prescindir em nenhuma aula.

Nas aulas práticas, a subdivisão do grupo em 3 turmas de ± 30 alunos, já nos permitirá motivar uma atitude mais participativa dos estudantes, fomentando o trabalho de grupo, a pesquisa bibliográfica e a reflexão individual e em grupo.

Software

não se aplica

Tipo de avaliação

Avaliação por exame final

Obtenção de frequência

não se aplica

Fórmula de cálculo da classificação final

A classificação final será a média ponderada destes dois testes, atribuindo-se uma ponderação de 60% ao teste escrito teórico e 40% ao teste escrito prático.

Provas e trabalhos especiais

não se aplica

Avaliação especial (TE, DA, ...)

De acordo com as normas em vigor na FLUP

Melhoria de classificação

De acordo com as normas em vigor na FLUP

Observações

língua de ensino: português
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