Código: | MECC004 | Sigla: | MS |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Ciências da Comunicação |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Departamento de Ciências da Comunicação e da Informação |
Curso/CE Responsável: | Mestrado em Ciências da Comunicação |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MECC | 61 | Plano Oficial em vigor (2022) | 1 | - | 6 | 41 | 162 |
Docente | Responsabilidade |
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António José Machuco Pacheco Rosa | Regente |
Teorico-Prática: | 2,50 |
Orientação Tutorial: | 0,50 |
Tipo | Docente | Turmas | Horas |
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Teorico-Prática | Totais | 1 | 2,50 |
António José Machuco Pacheco Rosa | 2,50 | ||
Orientação Tutorial | Totais | 1 | 0,50 |
António José Machuco Pacheco Rosa | 0,50 |
A disciplina Média e Sociedade tem como fio condutor mostrar como a dinâmica socialmente indiferenciadora da modernidade foi simultaneamente uma causa e um efeito do desenvolvimento dos meios de comunicação tecnologicamente mediados. Existirão três momentos. O primeiro analisa o reflexo que as novas formas de sociabilidade primária tiveram na primeira fase da imprensa. O segundo analisa a formação da sociabilidade colectiva ligada aos mass media. A terceira analisa a natureza específica dos novos media e o modo como eles avançam na realização de uma indiferenciação social completamente imanente. Desses três pontos resulta que a posição de exterioridade que era típica dos meios de comunicação tradicionais tende a desaparecer no ambiente dos meios participativos em rede. A presente unidade curricular visa promover o sentido crítico relativamente aos média e dotar os discentes de competências para o desenvolvimento da pesquisa autónoma na esfera dos conteúdos ministrados nesta disciplina.
Os estudantes deverão ser capazes de:
- analisar a história da imprensa como uma processo de indiferenciação e de desinstitucionalização
- analisar exemplos de escândalos mediáticos
- analisar processos de indiferenciação nos novos meios em rede
I. A emergência do espaço público moderno
1. As sociedades de corpos
2. Dinâmicas de sociabilidade primária no século XVIII
2.1. Do Mercure Galant ao Tatler
2.2. Sociabilidade primária, correspondência epistolar e salões
3. Conceito de opinião pública
3.1. A noção de opinião pública na transição para o século XIX.
3.2. Tribunal da Razão e autonomia do social
3.3. Emergência e trajectória da noção de 4º. Poder
3.4. Questões de regulação
II. Mass Media
1. A formação da imprensa industrial
1.1. A ‘igualdade das condições’ no século XIX
2. A emergência do broadcasting
2.1. A escuta pública de música e a dessacralização da audiência
2.2. A rádio e a unidade da audiência
2.3. Indiferenciação espácio-temporal e indiferenciação social
2.2. Estrutura formal dos mass media
III. Novos media
1. Genealogia histórica dos novos media
3. Condições tecnológicas, económicas e legais de produção e distribuição de conteúdos nos novos media
3.1. Estrutura e dinâmica dos media participativos. Mecanismos de sociabilidade primária
4. Dinâmica indiferenciadora nos novos media e dinâmica socialmente indiferenciadora
4.1. As novas formas imanentes de certificação
4..2. Simetria e reciprocidade nas novas redes mediáticas
4.3 . Questões levantadas pelas novas redes sociais
4.4. Meios clássicos versus novos media
4.5. Modelos de negócio dos novos media
4.6. Tendências recentes de regulação
Bibliografia principal
Chucheval, Clarigny, (1857), Histoire dela Presseen Angleterre et aux Etats-Unis, Paris:
Amyot. Dayan, D., Katz. E. (1999), A história em directo – os acontecimentos mediáticos na televisão, Coimbra: Minerva.
Habermas, J., (1989), The Structural Transformation of the Public Sphere,Cambridge: Mit Press.
Knight Hunt, F. (1885), The Fourth Estate: Contributions towards a history of Newspapers, and theLibertyof the Press,London, David Bogue.
Lessig, L, (2001), The Future of Ideas - the fate of the commons in a connected world,New York: Random House.
Machuco Rosa, A. (2008), A Comunicação e o Fim das Instituições: Das Origens da Imprensa aos Novos Media. Lisboa: Edições Universitárias Lusófonas.
McNamee R. (2019). Zucked: waking up to the facebook catastrophe. New York: Penguin Press.
Benkler, Y., (2006), The Wealth of Networks - How Social Production Transforms Markets and Freedom,New Haven:YaleUniversityPress.
Starr, P, (2004), The Creation of the Media: Political Origins of Modern Communications,New York: Basic Books.
Tocqueville A., (1961), Dela Démocratieen Amérique, vol. II, Paris: Gallimard.
Zuboff, S. (2019). The age of surveillance capitalism: the fight for a human future at the new frontier of power. New York: Public Affairs.
A parte Teórica-prática consistirá na combinação do método expositivo a cargo do docente com a participação e aplicação prática de conhecimentos adquiridos por parte dos discentes, nomeadamente na apresentação de trabalhos no âmbito do programa da disciplina. As sessões de orientação tutorial visam o desenvolvimento de actividades relacionadas com os trabalhos individuais e de grupo que os discentes deverão apresentar ao longo do semestre.
Designação | Peso (%) |
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Exame | 50,00 |
Participação presencial | 0,00 |
Trabalho escrito | 50,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Estudo autónomo | 42,00 |
Total: | 42,00 |
Trabalho final 50 % + Exame final - 50 % = 100 %
Necessária uma nota de 10 (numa escala de 20) no exame final.
Todos os estudantes que reúnam condições para prestar provas na época especial de conclusão do ciclo de estudos (Setembro) deverão realizar um exame escrito