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História e Problemáticas da Política Externa Portuguesa

Código: MHRIC029     Sigla: HPPEP

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL História

Ocorrência: 2018/2019 - 1S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais
Curso/CE Responsável: Mestrado em História, Relações Internacionais e Cooperação

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MHRIC 19 MHRIC - Plano de Estudos 1 - 6 54 162

Docência - Responsabilidades

Docente Responsabilidade
Jorge Manuel Martins Ribeiro Regente

Docência - Horas

Teorico-Prática: 1,86
Práticas Laboratoriais: 1,73
Tipo Docente Turmas Horas
Teorico-Prática Totais 1 1,86
Jorge Manuel Martins Ribeiro 0,80
José Maciel Honrado Morais Santos 0,27
Manuel Vicente de Sousa Lima Loff 0,79
Práticas Laboratoriais Totais 1 1,73
Jorge Manuel Martins Ribeiro 0,73
José Maciel Honrado Morais Santos 0,27
Manuel Vicente de Sousa Lima Loff 0,73

Língua de trabalho

Português

Objetivos

 

-O objetivo deste seminário é o de estudar a política externa portuguesa e a sua evolução nos três eixos principais em que se desenvolveu, desde finais do século XVIII até à atualidade. Assim, serão tidas em conta, as vertentes Atlântica, Africana e Europeia. 

I - Na vertente Atlântica será de ter em conta a ligação de Portugal ao Brasil e aos Estados Unidos, o primeiro como lugar de refúgio do poder político-rei durante a intervenção napoleónica no território metropolitano português e país de destino da emigração portuguesa ao longo da centúria de oitocentos. Procuraremos demonstrar a importância estratégica de Portugal nas revoluções e guerras de finais do século XVIII e a primeira metade do século XIX; 
2- Após a independência do Brasil, a dimensão colonial portuguesa centrou-se em alguns dos territórios africanos que formavam o hinterland das suas históricas feitorias do litoral. Conservar as colónias tornou-se, especialmente depois da bancarrota do Estado de 1890, um instrumento prioritário para o relançamento do capitalismo português e mesmo da independência política. 
O alargamento e a manutenção de vastas áreas continentais africanas obrigaria a diplomacia portuguesa a negociar alianças durante as sete décadas seguintes, tomando sistematicamente por referência às potências navais dominantes. 
III - No estudo do período pós-1926 e na vertente europeia, o estudante deverá poder sistematizar as linhas-mestras da política externa do Salazarismo, confrontando impulsos contraditórios no sentido da revisão da ordem internacional (a «Nova Ordem» hitleriana), da adequação à hegemonia ocidental norte-americana do pós-II Guerra Mundial e da resistência à mudança do quadro internacional (a Guerra Colonial). Identicamente, o estudante deverá poder explicitar diferentes projetos de inserção internacional do Estado português no processo de construção da democracia em Portugal.


Resultados de aprendizagem e competências

 

Com este conteúdo programático procura-se, no tempo disponível, para as aulas de contato dar uma panorâmica geral das Relações Externas de Portugal durante as revoluções e guerras de finais do século XVIII e finais do século XX, de modo a que os estudantes adquiram competências no âmbito da Política Externa Portuguesa no decurso dos dois últimos séculos. A seguir procura-se dar uma panorâmica geral da Política Externa Portuguesa desde o Congresso de Viena (1815) até ao final das revoluções de meados do século XIX, que coincidiram com o período de acalmia na política interna portuguesa, de forma que os alunos percebam a importância deste período para o futuro de Portugal. Após a independência do Brasil, a dimensão colonial portuguesa centrou-se em alguns dos territórios africanos que formavam o hinterland das suas históricas feitorias do litoral. Deste modo, é relevante explicitar porque conservar as colónias se tornou, especialmente depois da bancarrota do Estado de 1890, um instrumento prioritário para o relançamento do capitalismo português e mesmo da independência política. O alargamento e a manutenção de vastas áreas continentais africanas obrigariam a diplomacia portuguesa a negociar alianças durante as sete décadas seguintes, tomando sistematicamente por referência as potências navais dominantes. Este ponto tem como objetivo que os estudantes adquiram a noção da importância da África na política externa portuguesa. Numa vertente mais recente tentar-se-á que os mestrandos adquiram competências para a perceção das relações externas portuguesas no período do Estado Novo, onde a diplomacia em torno das questões coloniais africanas é uma das principais prioridades. Por último, tentar-se mostrar aos estudantes como foi necessário reorientar a política externa portuguesa após 1974.

 

Modo de trabalho

Presencial

Programa

 


 


1.Portugal ante as revoluções de finais do século XVIII e o Congresso de Viena; 
2.Portugal: Do Congresso de Viena às revoluções de meados do século XIX;


3.Portugal e o império colonial: um condicionalismo estratégico permanente (1890-1975); 3.1 As bases da política externa do Salazarismo. 


3.2 A II Guerra Mundial: entre a Nova Ordem hitleriana e a neutralidade geométrica. 
3.3 A integração na NATO. 
3.4 O novo paradigma colonialista e a Guerra Colonial (1961-74). 
3.5 Portugal perante a integração europeia: 
3.5.1 A integração na OECE/OCDE (1948) e na EFTA (1959) 
3.5.2 O 25 de abril e as diferentes opções de política externa: «terceiro-mundismo» versus integração na CEE.

Bibliografia Obrigatória

Colonialism in Africa 1870-1960, Cambridge University Press, 1971-1975 ((5 vols.))
BIRMINGHAM,David; Portugal e África, Vega, 2003. ISBN: 972-699-717-8
LOFF, Manuel; "O nosso século é fascista". O mundo visto por Salazar e Franco (1936-1945), Campo das Letras, 2008. ISBN: 978-989-625-256-4
MACEDO, Jorge Borges de; História Diplomática Portuguesa. Constantes e Linhas de força, Tribuna da História, 2006. ISBN: 978-972-8799-48-9 (2ª ed.)
RAMOS, Luís A. De Oliveira; O Porto e as Origens do Liberalismo (subsídios e observações), Publicações da Câmara Municipal do Porto/Gabinete de História da Cidade, [1980]
RIBEIRO, Jorge Martins; A Comunidade Britânica do Porto durante as invasões francesas (1807-1811), Fundação Engº António de Almeida, [1990]

Bibliografia Complementar

HAMMOND, R. J.; Portugal and Africa, Stanford University Press, 1966
MAGALHÃES, José Calvet de; VASCONCELOS, Álvaro de; SILVA, Joaquim Ramos; Portugal, Paradoxo Atlântico. Diagnóstico das Relações Americanas, Fim de Século Edições, 1993
MARTINS, Fernando (ed.); Diplomacia & Guerra. Política externa e de defesa em Portugal do final da monarquia ao marcelismo, Edições Colibri/CIDEHUS-EU, 2001. ISBN: 972-772-285-7
PINTO,António Costa; TEIXEIRA, Nuno Severiano (orgs.); Portugal e a Integração Europeia, Edições Cosmos e Cooperativa Penélope, 1998 ((Revista Penélope, nº. 18))
RODRIGUES, Luís Nuno; DELGADO, Iva; CASTAÑO, David (coords.); Portugal e o Atlântico: 60 anos dos acordos dos Açores, CEHCP/ISCTE, 2005. ISBN: 972-99333-2-4
ROSAS, Fernando; O Estado Novo (1926-1974), Círculo de Leitores, [1994]. ISBN: 972-42-0916-4 ((In MATTOSO, José (dir.) - História de Portugal, vol. VII))
SMITH, Gervase Clarence; O terceiro império colonial português 1825-1975, Editorial Teorema, s.d.. ISBN: 972-695-099-6
TELO, António José; Portugal na Segunda Guerra (1941-1945), VEGA, 1991. ISBN: 972-699-270-2 e 972-699-271-0
TELO, António José; O fim da Segunda Guerra Mundial e os novos rumos da Europa, Edições Cosmos, 1996. ISBN: 972-762-024-8
TELO, António José; As relações internacionais da transição , Editorial Notícias, 1999. ISBN: 974-42-2014-1 ((In BRITO, J.M. Brandão de (coord.) - Do marcedlismo ao fim do império. Revolução e Democracia), pp. 225-267)
MAGALHÃES, José Calvet de ; História das Relações Diplomáticas entre Portugal e os Estados Unidos da América (1776-1911), Publicações Europa-América, 1991. ISBN: 972-1-03189-5
RAMOS, Luís A. de Oliveira; Sob o Signo das "Luzes", Imprensa Nacional -Casa da Moeda, [1988]
MACEDO, Jorge Borges de; O Bloqueio Continental, Gradiva, 1990. ISBN: 972-662-158-5
RAMOS, Luís A. de Oliveira; D. Maria I, Círculo de Leitores, 2007. ISBN: 978-972-42-3901-9
MARQUES, A. H. de Oliveira; Nova História da Expansão Portuguesa, Editorial Estampa, 1986-2007. ISBN: 972-33-0320-5
MIEGE,Jean-Louis; Expansion Européenne et décolonisation de 1870 à nos jours , Presses Universitaires de France, 1973 ((Collection Nouvelle Clio, nº. 20))
OLIVEIRA,Pedro Aires; A política externa, Notícias, 2004. ISBN: 972-46-1583-3 (((In ROSAS, Fernando; OLIVEIRA, Pedro Aires (coord.) - A transição falhada: o marcelismo e o fim do Estado Novo (1968-1974)), pp. 301-370)

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

As metodologias de ensino tanto nas aulas teórico-práticas, como nas de prática laboratorial procuram completarem-se umas às outras. Enquanto nas aulas teórico-práticas tenta-se que os estudantes adquiram o quadro teórico-concetual que lhes permita o desenvolvimento nas áreas da aquisição de conhecimentos e competências da matéria estudada, neste caso a Política Externa Portuguesa desde finais do século XVIII até meados do século XIX. Nos tempos de práticas laboratoriais procura-se que os alunos através de leituras de documentação original (reproduzida), livros, comentário de textos, gráficos e estatísticas sejam capazes de adquirir as competências que uma unidade curricular deste tipo exige e lhes permita no futuro adaptarem-se a novas técnicas de metodologia, pesquisa e investigação;  - Orientação de preparação de trabalhos de investigação.

Software

Datashow

Palavras Chave

Ciências Sociais > Ciências políticas > Estudos de políticas > Relações internacionais
Ciências Sociais > Ciências políticas > Estudos de políticas > Estudos internacionais
Humanidades > História > História contemporânea

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Trabalho escrito 100,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Estudo autónomo 50,00
Frequência das aulas 28,00
Trabalho de campo 29,00
Trabalho de investigação 29,00
Trabalho laboratorial 26,00
Total: 162,00

Obtenção de frequência

- Avaliação positiva (classificação mínima - 10 valores) nos termos das normas de avaliação da FLUP.

Fórmula de cálculo da classificação final

- trabalho de investigação realizado em termos a fixar pelo docente que, em concreto, procederá à sua avaliação, e será selecionado consoante as temáticas abordadas.

- Fórmula de avaliação: Trabalho de investigação = 100%. O tema deste trabalho será escolhido pelo estudante, de acordo com o Professor

Provas e trabalhos especiais

Os trabalhos de investigação poderão ser discutidos oralmente com o Professor.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

não se aplica

Melhoria de classificação

A fim de obter melhoria da classificação, o estudante deverá, de accordo com as críticas e orientações do Professor, reformular o trabalho entregue ou realizar um novo trabalho científico .

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