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Empresa promotora / líder da candidatura: SMALLMATEK
O estado da arte mostra que existem uma série de desafios técnicos e ambientais no que diz respeito às tecnologias para combater a bioincrustação marinha, e uma pressão crescente para a adoção de alternativas cada vez mais amigas do ambiente. A investigação recente, incluindo por membros deste consórcio, tem demonstrado que os biocidas anti-incrustantes existentes no mercado são perigosos para o meio ambiente devido à sua persistência, bioacumulação e, sobretudo, toxicidade em organismos marinhos não-alvo. Este problema é agravado pelo facto das tintas comerciais que contém tais biocidas sofrerem de um fenómeno de lixiviação precoce que potencia o impacto ambiental das tintas marítimas, bem como a perda precoce de eficácia, e a consequente necessidade de manutenção/substituição regular, com fortes impactos económicos. No âmbito de um projeto europeu passado (BYEFOULING), a SMT explorou o potencial da nanotecnologia, para minimizar este problema. Basicamente, biocidas comerciais são encapsulados ou imobilizados em nanomateriais inteligentes, com múltiplas vantagens, em particular a possibilidade de modelar a libertação dos biocidas em função da presença de estímulos ambientais específicos. No entanto, e apesar deste progresso, a UAveiro conjuntamente com a SMT demonstrou através de um projeto transnacional que os desafios relacionados com a toxicidade dos biocidas persistiam, uma vez que a toxicidade das nanoformas não era negligenciável, devido ao biocida, apesar de apresentarem menor toxicidade e perigosidade face às formas solúveis. Entretanto, a Universidade do Porto (FFUP e CIIMAR) desenvolveu e patenteou recentemente moléculas anti-incrustantes, inspiradas na natureza (NIAFs) (projeto NIAF) como sendo uma alternativa promissora aos biocidas convencionais, oferecendo vários benefícios como a possibilidade de síntese química a larga escala e a custos controlados, e moléculas de elevada eficácia anti-incr  |
Summary
Empresa promotora / líder da candidatura: SMALLMATEK
O estado da arte mostra que existem uma série de desafios técnicos e ambientais no que diz respeito às tecnologias para combater a bioincrustação marinha, e uma pressão crescente para a adoção de alternativas cada vez mais amigas do ambiente. A investigação recente, incluindo por membros deste consórcio, tem demonstrado que os biocidas anti-incrustantes existentes no mercado são perigosos para o meio ambiente devido à sua persistência, bioacumulação e, sobretudo, toxicidade em organismos marinhos não-alvo. Este problema é agravado pelo facto das tintas comerciais que contém tais biocidas sofrerem de um fenómeno de lixiviação precoce que potencia o impacto ambiental das tintas marítimas, bem como a perda precoce de eficácia, e a consequente necessidade de manutenção/substituição regular, com fortes impactos económicos. No âmbito de um projeto europeu passado (BYEFOULING), a SMT explorou o potencial da nanotecnologia, para minimizar este problema. Basicamente, biocidas comerciais são encapsulados ou imobilizados em nanomateriais inteligentes, com múltiplas vantagens, em particular a possibilidade de modelar a libertação dos biocidas em função da presença de estímulos ambientais específicos. No entanto, e apesar deste progresso, a UAveiro conjuntamente com a SMT demonstrou através de um projeto transnacional que os desafios relacionados com a toxicidade dos biocidas persistiam, uma vez que a toxicidade das nanoformas não era negligenciável, devido ao biocida, apesar de apresentarem menor toxicidade e perigosidade face às formas solúveis. Entretanto, a Universidade do Porto (FFUP e CIIMAR) desenvolveu e patenteou recentemente moléculas anti-incrustantes, inspiradas na natureza (NIAFs) (projeto NIAF) como sendo uma alternativa promissora aos biocidas convencionais, oferecendo vários benefícios como a possibilidade de síntese química a larga escala e a custos controlados, e moléculas de elevada eficácia anti-incrustante, biodegradabilidade e menor ecotoxicidade face ao biocidas do mercado. No entanto, a sua solubilidade em água trouxe dificuldades na formulação em matrizes poliméricas e um curto tempo de ação relacionado com a sua libertação precoce para a água do mar (projeto de provas de conceito BIP proof).
Ora, diante deste cenário, o projeto NanoBioEscudo visa abordar estes desafios de forma holística e disruptiva para desenvolver novas tintas anti-incrustantes, sustentáveis, eficientes, industrialmente escaláveis e economicamente viáveis, baseado numa abordagem que vai desde a investigação laboratórial até à demonstração no campo. Assim sendo, o projeto centra-se na imobilização dos NIAFs, moléculas sintéticas inspiradas na natureza (TRL5) em nanomateriais inteligentes amigos do ambiente de última geração (i.e., tecnologicamente amadurecidos TRL5-6), produzidos pela SMT, bem como em micromateriais biogénicos, sintetizados pela UAveiro (TRL 1-2), a partir de frústulas siliciosas de fitoplâncton marinho cultivado, algo nunca proposto para este segmento de produtos. O objetivo da imobilização passa por desenvolver uma nova geração de aditivos funcionais comprovadamente eficientes (CIIMAR e UAveiro) e de baixa toxicidade (UAveiro) para serem incorporados em revestimentos marítimos que serão otimizados e validados em ambiente real. Estas soluções inovadoras têm o potencial de melhorar a eficiência anti-incrustante e reduzir os impactos ambientais dos revestimentos marítimos, e de promover a bioeconomia e a sustentabilidade da indústria marítima e das tintas. . |