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Jorge Martins

Licenciado na Faculdade de Economia da Universidade do Porto em 1989


Quem é o Jorge Martins?


O Jorge Martins é um gestor que foi um dos fundadores da Martifer, e que hoje, quase 19 anos depois, continua aqui na frente dos negócios, a fazer isto crescer todos os dias, cada vez menos economista e mais gestor, que é essa a trajectória que tenho seguido. E obviamente corrigindo um pouco a trajectória, porque fui para Economia um pouco para ser complementar do Carlos, porque já havia a ideia de fazer um projecto conjunto, quando, se calhar, se ele não tivesse escolhido primeiro, poderia ter ido para Engenharia.

O que é que a FEP fez por si, enquanto pessoa e enquanto profissional?


Cria-se alguns hábitos. A disciplina… O grau de liberdade que um estudante universitário tinha naquela altura, e que se calhar hoje não é muito diferente, obrigava a que as pessoas de parcos recursos, como éramos nós que éramos bolseiros, tivessem o tempo contado para acabar o curso. E essa disciplina, obviamente, foi tida durante toda a licenciatura, embora tenha descoberto que a licenciatura não estava a formar-me para ser empresário, pelo que comecei a trabalhar a meio do curso. Fui estudante trabalhador, e desta forma, quando em 1989 acabei a licenciatura, estava confiante para arrancar com um projecto, porque já sentia a experiência do mundo do trabalho. Obviamente, a escola forma técnicos, não forma empreendedores. As escolas devem assumir esse papel e responsabilidade de estimular formar e estimular o empreendedorismo. O empreendedor tem de fazer a diferença, se o quer fazer, e tem de ser imaginativo. Eu tentei fazer o shortcut. O Carlos era – era e é – três anos mais velho do que eu, e como tal ia à frente na licenciatura dele, e eu pensei fazer esse shortcut que foi começar a trabalhar, para começar a adquirir experiência e não ter essa desvantagem, e para que isso me pudesse dar o background suficiente para depois arrancar com um negócio e saber o que é que tinha de fazer para gerir uma empresa. Entrevista a Jorge Martins Licenciado na Faculdade de Economia da Universidade do Porto em 1989

Que conselhos é que dá à malta nova, aos estudantes que têm 20 e poucos anos, que estão a estudar ou a acabar o curso? Que máximas é que eles devem ter em consideração?


Isso depende obviamente das pessoas. Aquilo que sempre disse é que a trajectória que seguimos tem muito a ver connosco… Não foi por acaso que a Martifer nasceu. Eu diria que, muitos anos antes, todos os passos que fui dando – eu e o Carlos – foram no sentido de encaixar todas as peças necessárias para que o projecto arrancasse. E posso dizer que, durante essa trajectória, houve momentos em que me passou pela cabeça desistir. Na década de 80 ser funcionário público era o sonho de qualquer português. Eu nunca tive essa ambição, e pensei que tinha de fazer algo diferente. Havia um número reduzido de alunos que colocava como ambição ser professor universitário, mas eu sempre recusei essa vida. Isso não! A partir daí, tudo o que era seminário de fundos de apoio à criação de empresas e ao investimento, e outros que pudessem complementar a minha formação, eu fui seguindo. E por isso não me senti completamente sem experiência para arrancar com um projecto, porque fui, ao longo do tempo, acumulando todos esses passos tendentes à concretização do objectivo. O maior conselho que posso dar a um estudante é tentar vislumbrar no futuro o que é o seu sonho, e naturalmente dar passos para o concretizar. A grande dificuldade muitas vezes é pensar – neste mundo de dificuldades, de crise – o que é que posso vir a fazer? Aí, o que eu digo é que o futuro ainda não está escrito. Está por decidir, e somos nós que podemos decidi-lo. Os graus de liberdade para poder decidir dependem muito mais de nós do que do exterior, e as pessoas normalmente estudam sem saber para onde vão, e quando saem da licenciatura começam a ler o «Expresso» e a ver sites de emprego, à procura da oferta de trabalho, quando deviam fazer isso com cinco anos de antecedência, ver o que está a acontecer, qual é a tendência, e encaminhar a nossa escolha.

Entrevista realizada por Professor Pedro Quelhas Brito
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