Resumo (PT):
O presente ensaio pretende demonstrar a passagem do uso estereotipado e convencional das
lágrimas em Luís de Camões e nos textos românticos para o uso das lágrimas silenciosas em alguns
romances da atualidade escritos por mulheres. Daremos um especial relevo a duas passagens de
Os Lusíadas, a duas obras de Almeida Garrett (Frei Luís de Sousa e Viagens na Minha Terra), ao
romance Lágrimas Abençoadas de Camilo Castelo Branco e a romances de Lídia Jorge (Notícia da
Cidade Silvestre, O Jardim sem Limites e O Vento Assobiando nas Gruas), Maria Velho da Costa
(Myra), Teolinda Gersão (A Árvore das Palavras) e Hélia Correia (Lillias Fraser e Um Bailarino na Batalha).
Os exemplos poderiam ter sido outros, mas estes pareceram-me responder ao objetivo pretendido.
Em todos eles, personagens femininas movimentam-se em ambientes hostis e sofrem reveses inultrapassáveis.
Abstract (EN):
The present essay intends to demonstrate the difference of the stereotyped and conventional
use of tears in Luís de Camões’ poetry and in romantic works and the use of silent tears in some contemporary
novels written by women. We will give special emphasis to two episodes of Os Lusíadas, two
Almeida Garrett’s works (Frei Luís de Sousa and Viagens na Minha Terra), Camilo Castelo Branco’s novel
Lágrimas Abençoadas and the following contemporary novels: Lídia Jorge (Notícia da Cidade Silvestre,
O Jardim sem Limites and O Vento Assobiando nas Gruas), Maria Velho da Costa (Myra), Teolinda
Gersão (A Árvore das Palavras) and Hélia Correia (Lillias Fraser and Um Bailarino na Batalha). The
examples could have been others, but these are sufficient to our goal.
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific