Resumo (PT):
Nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI´s), o estado do doente é habitualmente avaliado por diversos meios. Entre eles contam-se alguns índices de gravidade referidos frequentemente na literatura. Recorrendo a algumas variáveis relacionadas com alterações fisiológicas, que sumariam depois de devidamente ponderadas, estes índices são utilizados para determinar a gravidade da doença. Com tal fim em vista, a UCI de transplante hepático (UCI-TxH) não constitui excepção, recorrendo igualmente aos mesmos índices.
Os dados foram coligidos nas 24h que se seguiram à admissão, e diariamente até ao 5º dia. Além das variáveis relacionadas com os índices de gravidade usados correntemente — APACHE II, SAPS II, MPM na admissão e às 24h —, também incluem variáveis demográficas e outras relacionadas com a cirurgia e o período pós-operatório; bem como o TISS-28.
Os não-sobreviventes tiveram pontuações mais elevadas nos índices de gravidade, e permaneceram durante mais tempo na UCI, do que os sobreviventes. Os valores de bicarbonato arterial, diurese, hematócrito, temperatura corporal, e pressões sistólica e diastólica foram significativamente mais baixos no grupo dos não-sobreviventes. Nesse mesmo grupo, por outro lado, os níveis de creatinina sérica, assim como a uremia, foram mais elevados. No decurso dos primeiros 5 dias considerados, e ainda em relação ao grupo dos não-sobreviventes, também dignos de nota foram os níveis de bilirrubina sistematicamente mais altos, e uma contagem de plaquetas mais baixa.
Após cirurgia de TxH quase todos os valores considerados nos índices de gravidade usados habitualmente foram persistentemente díspares entre sobreviventes e não-sobreviventes. Outros índices fisiológicos, bem assim como o TISS-28, podem ter igualmente algum valor preditivo em relação ao prognóstico precoce.
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific