Resumo (PT):
(...) A obra que agora se reedita – Contra os juízos dos astrólogos – teve na sua
génese uma necessidade circunstancial, mas imperiosa, a julgar pelo empenho
posto pela rainha D. Leonor na sua elaboração e pela rapidez do processo que
a fez sair dos prelos de Germão Galharde. Com efeito, ao contrário do que terá
sucedido com o Memorial de pecados que, embora já estivesse pronto em 1524,
apenas sairia em letra de forma em 15297, o Contra os juízos dos astrólogos
passou rapidamente de manuscrito a impresso. A carta-dedicatória dirigida à
viúva de D. João II leva a data de 22 de janeiro de 1523, o que indicará que o
autor teria o texto do tratado pronto para ser enviado ao impressor; por outro
lado, o cólofon informa que a oficina de Galharde teria terminado a sua tarefa
«a sete dias de Março» do mesmo ano. Entre as duas datas medeia escasso mês
e meio, o que deixa perceber a urgência a que o tratado do frade jerónimo
pretendia responder e a celeridade com que teve de executar a sua tarefa. Não
será muito arriscado concluir que Beja terá respondido a uma encomenda
urgente feita para uma circunstância concreta e perfeitamente datada, pela
viúva de D. João II ao seu «contínuo orador» – fórmula com que se identifica
no encerramento da epístola em que dedica o livro à soberana. (...)
Abstract (EN):
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
No. of pages:
190
ISBN:
978-989-9213-65-4
Collection:
Textos e estudos de Filosofia Medieval; 15