Qualidade de Vida no Cancro: Autocompaixão e Medo de Progressão da Doença

• Type: Thesis
• Date: 2024-07-04

Authors

Ana Sofia de Sousa Cruz (Author) FPCEUP

Thesis

Qualidade de Vida no Cancro: Autocompaixão e Medo de Progressão da Doença

Master's Degree

Dissertation

Scientific classification

FOS: Social sciences > Psychology

Associated Institutions

FPCEUP - Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Other information

Resumo (PT): Este estudo caracterizou a autocompaixão, o MdP e a QdV de doentes oncológicas, analisou relações entre essas variáveis e com variáveis sociodemográficas, clínicas e psicológicas, e explorou o papel da autocompaixão e do MdP como preditores da QdV. Participaram no estudo 93 doentes oncológicas, com 46.7 anos em média (DP = 9.8), que preencheram um questionário online com os instrumentos: Escala de Autocompaixão (Castilho & Pinto-Gouveia, 2011); FoP-Q-SF (Silva et al., 2022); WHOQOL-Bref (Vaz Serra et al., 2006); EADS-21 (Pais-Ribeiro et al., 2004). Encontraram-se níveis superiores de autocompaixão no polo positivo e inferiores no polo negativo, comparativamente à população saudável, e níveis superiores de MdP, QdV geral, física e ambiental, comparativamente a populações doentes. As doentes com metástases e em tratamentos evidenciaram uma autocompaixão superior, as mais velhas uma tendência menor para a autocrítica e sobreidentificação e aquelas que tiveram acompanhamento psicológico um MdP superior. A ansiedade e a depressão encontraram-se inversamente relacionadas com a autocompaixão e diretamente com o seu polo negativo e com o MdP. Encontrou-se uma relação inversa entre a autocompaixão e o MdP, relacionando-se a autocompaixão diretamente com a QdV e o MdP inversamente. A autocompaixão e o MdP revelaram-se preditores significativos da QdV na maioria dos domínios, salientando-se o papel da autocompaixão na QdV psicológica. Para além da necessidade de intervenção no MdP, estes resultados destacaram a importância da autocompaixão na adaptação ao cancro e na promoção da QdV, podendo exercer efeitos benéficos no MdP. Palavras-chave: autocompaixão; medo de progressão da doença; qualidade de vida; depressão; ansiedade; cancro

Abstract (EN): This study characterized self-compassion, FoP and QoL of cancer patients, analyzed relationships between these variables and with others sociodemographic, clinical, and psychological variables, and explored the role of self-compassion and FoP as predictors of QoL. A sample of 93 cancer patients, aged 46.7 years on average (SP = 9.8), participated this study. These participants answered an online questionnaire with the instruments: Self-Compassion Scale (Castilho & Pinto-Gouveia, 2011); FoP-Q-SF (Silva et al., 2022); WHOQOL-Bref (Vaz Serra et al., 2006); EADS-21 (Pais-Ribeiro et al., 2004). Higher levels of self-compassion were found in the positive pole while lower levels were observed in the negative pole, compared to the healthy population. Higher levels of FoP, general, physical and environmental QoL were found, compared to sick populations. Patients with metastases and undergoing treatments showed greater self-compassion. Older patients demonstrated a smaller tendency to self-criticism and over-identification and who had psychological support showed a higher FoP. Anxiety and depression were inversely related to self-compassion and directly related with its negative pole and with FoP. An inverse relationship was found between self-compassion and FoP, with self-compassion related directly to QoL and FoP related inversely. Self-compassion and FoP proved to be significant predictors of QoL in most domains, highlighting the role of self-compassion in psychological QoL. Beyond the need for intervention in the FoP, these results highlighted the role of self-compassion in adaptation to cancer and promoting QoL. Self-compassion may have beneficial effects on FoP. Keywords: self-compassion; fear of disease progression; quality of life; depression; anxiety; cancer

Language: Portuguese