Resumo (PT):
O aparecimento de instabilidades microestruturais em metais policristalinos, foi, nos últimos anos objecto de estudo aprofundado. Em trajectórias de deformação simples, o desenvolvimento de microinstabilidades depende, sobretudo, do tipo de processo tecnológico realizado e das propriedades dos metais utilizados. Nomeadamente, as rnicroinstabilidades são apenas observadas durante processos de fabrico que permitam uma orientação de grão estável e em materiais com pequeno e médio tamanhos de grão que assegurem um comportamento intragranular homogéneo. Foi sugerido recentemente que os mecanismo de desenvolvimento de microinstabilidades em trajectórias simples está associado à saturação do tamanho das células de deslocações. Esta saturação, conduz a uma desorientação crescente entre células de deslocações que, por seu turno, ao atingir um valor crítico provoca a activação local de um novo sistema de escorregamento.
Em trajectórias de deformação complexas, o aparecimento de microinstabilidades durante a segunda traject6ria é apenas observado quando se verificam simultaneamente duas condições: (i) a actividade de um sistema de escorregamento é muito superior à actividade dos outros sistemas de escorregamento não complanares, (ii) o sistema de escorregamento mais activo durante a recarga corresponde a um sistema latente durante a primeira trajectória de deformação. O desenvolvimento de rnicroinstabilidades compreende duas fases distintas. A primeira fase corresponde ao aparecimento de paredes duplas de deslocações e a segunda à localização da deformação no interior das paredes. A segunda fase de desenvolvimento ocorre apenas se a orientação de grão for estável durante o processo de deformação e provoca cortes na estrutura previamente formada e nas fronteiras de Grão.
Abstract (EN):
Over the past few years, the development of microstructural instabilities in polycrystalline metals was extensively analysed. During linear strain paths, the development of microinstabilities depends on the type of working process and on the properties of the material used. Namely, the microinstabilities were only observed during working processes that allow a stable grain orientation and in materials with smell or medium grain size for which the intragranular behaviour is homogeneous. It was recently suggested that the mechanism by means of which the microinstabilities develop during linear strain paths is associated with the saturation of the cell size. This saturation, leads to a cumulative disorientation from cell to cell and after a critical value of disorientation to the activation of a new slip system.
During complex strain paths, thc development of microinstabilities during the second path is only observed when two specific conditions are simultaneously attained: (i) the activity of one slip system is much higher than the activity of the other non-coplanar slip systems; (ii) the active slip system during the reloading has to be inactive during the prestrain (latent slip system). The development of microinstabilities follows a two step mechanism. The first step is the formation of a double dislocation wall structure, then localized deformation occur between the walls. The second step of localized deformation only occurs if the grain orientation is stable during plastic deformation and induces shear offsets in the previous formed me dislocation substrucure and in grain boundaries
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific