Resumo (PT):
Cem anos depois, revisitamos o processo
que levou à repatriação, a partir do Brasil, de um número
alargado de pescadores poveiros, na sequência da aplicação
por aquele país de uma política de “nacionalização da
pesca” que, entre outras exigências, obrigava todos os estrangeiros
a naturalizarem-se brasileiros para poderem exercer
a profissão de pescadores. Foi um processo complexo
que ocorreu em 1920, no contexto de um maior controlo
das águas territoriais, que suscitou uma onda do recorrente
nativismo lusófobo em articulação com um movimento nacionalista
e militarista que cavalgou a política brasileira no
pós-Primeira Guerra Mundial. No quadro de um estudo mais
amplo em desenvolvimento, apresentaremos neste texto alguns
eixos desse processo, privilegiando aqui algumas das
questões ligadas mais estreitamente aos poveiros e à sua
opção pela repatriação ante a inflexibilidade administrativa
brasileira.
Abstract (EN):
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific