Resumo (PT):
Este artigo pretende aferir se a política monetária do BCE em 1999:I-2007:II
foi consistente com a que resultaria da aplicação das respectivas
preferências à situação macroeconómica de Portugal.
Começa-se por estimar os parâmetros da função-objectivo do BCE, com
dados da Zona Euro 1999:I-2007:II, assumindo uma política discricionária
óptima sujeita a uma estrutura macroeconómica AS-AD dinâmica simples.
Em seguida, especifica-se um modelo análogo para a estrutura económica
portuguesa aumentado para reflectir a sua natureza pequena e aberta e, com dados para Portugal 1999:I-2007:II, estima-se esse modelo em simultâneo com a condição de que a política monetária teria sido conduzida sob a função-objectivo do BCE. Simula-se, finalmente, a política monetária que resultaria desse modelo e compara-se o caminho simulado para a taxa de juro de curto prazo com o de facto observado.
Em resumo, conclui-se que a política monetária adequada a Portugal –
consistente com o objectivo do BCE para a inflação – teria envolvido taxas
de juro substancialmente superiores às observadas: a taxa de juro de curto
prazo anualizada teria sido cerca de 1.6 pontos percentuais superior em
média por trimestre — desvio especialmente importante a partir de 2003. A
diminuição da inflação induziria uma estabilização da taxa de câmbio
efectiva real, o que parcialmente explica o redobrado vigor restritivo da
política monetária óptima após 2003 mas também que a convergência
nominal simulada não envolveria custos reais adicionais relevantes.
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
Notes:
FEP Working Paper Nº 252, Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Novembro 2007
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