Resumo (PT):
O desenvolvimento da cavidade de erosão junto de pilares e encontros de pontes coloca,
frequentemente, em risco a sua estabilidade estrutural, o que poderá conduzir a perdas
patrimoniais e/ou humanas como consequência do seu colapso parcial ou total. É, portanto,
fundamental conhecer a morfologia do leito em torno dos elementos que constituem a
fundação de pontes. Embora o fenómeno da erosão localizada tenha sido amplamente
investigado nas últimas décadas, poucas formulações foram desenvolvidas para a previsão
do volume erodido com base na profundidade máxima de erosão, principal parâmetro usado
no dimensionamento das fundações de pontes. As equações existentes na literatura resultam
essencialmente de estudos desenvolvidos em ambiente laboratorial. A presente comunicação
tem como objetivo apresentar as formulações descritas na literatura que relacionem o volume
erodido com a profundidade máxima de erosão ao longo do tempo bem como a aplicação de
tais formulações em contribuições recentes dos autores, provenientes também de estudos
laboratoriais. O trabalho experimental apresentado na presente comunicação consistiu na
reprodução de um escoamento na proximidade de um pilar circular de 0,05 m de diâmetro,
fundado num leito de sedimentos uniformes e sem transporte sólido generalizado. As
experiências decorreram num canal do Laboratório de Hidráulica da Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto. A evolução temporal da profundidade máxima de erosão e dos
volumes erodidos foram obtidos com precisão submilimétrica através da aplicação de
fotogrametria de pequena amplitude. Desta análise resultou uma equação empírica para a
profundidade de erosão e o volume de escavação ao longo de todo o processo erosivo. A
aplicabilidade da equação resultante é avaliada confrontando com resultados de equações
descritas na literatura.
Abstract (EN):
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
No. of pages:
17