Resumo (PT):
A exposição de uma tecnologia potencialmente inovadora e disruptiva é raramente assistida de
espontânea adoção pela indústria. De facto, a um novo paradigma tecnológico poderá preceder
uma fase de aceitação/implementação lenta e incremental. A analogia histórica da adesão à
eletrificação e, já no final do séc. XX, à introdução do computador na indústria, descrita por
David [1] remete para esta noção de um processo gradual de adaptação e adoção das inovações
tecnológicas. De forma semelhante, a tecnologia BIM representa uma mudança no paradigma
do sector da Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações (AECO) [2] introduzindo
inovações no acesso à informação de projeto [3], novas possibilidades de trabalho colaborativo
[4], visualização, coordenação e manutenção [5].
A adoção do BIM tem sido gradual e possivelmente mais lenta do que o que seria inicialmente
previsto [4]. Prováveis causas poderão relacionar-se com a inércia do sector AECO na adoção
de novas metodologias de trabalho, falta de perceção das vantagens do BIM, clarificação das
responsabilidades de cada um dos intervenientes [6]. Não obstante as possibilidades conferidas
pelo BIM no acesso à informação de projeto e partilha (i.e. estruturas standard para a troca da
informação de modelos, caso do IFC [7], ou aplicações industriais visando a colaboração online
e em tempo-real), as ferramentas de trabalho não são de apreensão imediata, pelo que possuem
uma curva de aprendizagem agravada. Neste sentido, vários autores sugerem a implementação
de novas tecnologias de suporte, que promovam uma facilitação e adaptação do BIM aos
distintos perfis e experiência dos utilizadores [3], [8].
O presente trabalho tem como finalidade a exposição e descrição do conceito Interface Natural
para BIM (Natural BIM Interface, NBI) dadas as recentes inovações, todavia dispersas, no
desenvolvimento de tecnologias para acesso e interação simplificados com modelos BIM. Neste
sentido, o documento encontra-se organizado em 4 capítulos: uma breve contextualização e
terminologia são descritas no capítulo 2; segue-se um capítulo dedicado à metodologia e
definição de NBI onde se exploram vertentes como a multidisciplinaridade e a relação com os
diferentes intervenientes de um projeto (capítulo 3); o capítulo 4, incluí a discussão e alusão a
trabalhos futuros, terminando com a exposição das conclusões.
Abstract (EN):
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
No. of pages:
10