Resumo (PT):
O consumo de betão é, presentemente, cerca de 1m3 por pessoa por ano. Como se tem vindo a
compreender nestes últimos anos as alterações climáticas são uma realidade e a maioria das provas
científicas relacionam o aumento da emissão dos gases com efeito de estufa (GEE) com o aquecimento
do planeta. O principal GEE é, de facto o CO2. A produção de cimento é responsável por 5 a 8% das
emissões de CO2 produzidas pelo Homem, no entanto é imprescindível para o desenvolvimento da
Humanidade que o consumo dos ligantes continue a crescer sendo que até lá e para que o
desenvolvimento seja sustentável, é imprescindível praticar a Ecologia Industrial que consiste em
reciclar os resíduos produzidos por uma indústria, para que substituam matérias-primas necessárias a
outras indústrias reduzindo, assim, o impacto ambiental. Assim para tornar a indústria de construção
mais “verde” tem sido estudados resíduos e subprodutos com potencial aplicação sobretudo em betão,
o material de construção mais usado no mundo. Em termos de betão auto-compactável (BAC) a
utilização destes resíduos como material fino torna-se de particular importancia uma vez que o BAC
utiliza mais material fino que betão convencional. Em particular tem-se vindo a estudar, na FEUP,
resíduos que possam substituir parcialmente o clínquer Portland e/ou como finos em BAC, tais como
resíduos de vidro ou casco, moído (GP) e cinzas de fundo das centrais de biomassa (WA). Depois dos
estudos de durabilidade em pastas e argamassas foram produzidos BACs incluindo GP e WA com
vista a conhecer o comportamento global de cada um destes resíduos nos BACs e as suas
potencialidades de forma a constituirem casos práticos de Ecologia Industrial.
Abstract (EN):
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
No. of pages:
11