Resumo (PT):
A desconstrução de certas evidências no campo da formação contínua, com particular realce para a dos professores e educadores, pretende ser o contributo principal deste trabalho. Num tempo em que a formação contínua se apresenta como sendo a panaceia para todos os males do nosso tempo, o questionamento sobre os processos de formação em curso parece revestir-se do mais elementar bom senso, se é que não representa mesmo uma exigência ética, enquanto isso possa significar uma busca para o sentido da experiência social e profissional.
Com este desígnio, foram as “práticas de formação” sujeitas a um esforço analítico e crítico, onde o que se torna relevante é o ponto de vista da “formação das práticas”. Mais do que um jogo de palavras, o que está em causa é o sentido e o modo como certas práticas de formação se tornam dominantes e como que auto-legitimadas, dispensando sumariamente toda a problematicidade, como se as necessidades de formação fossem ipso facto as necessidades dos formandos e do próprio sistema de formação. A génese deste processo, que faz radicar a sua pertinência na pergunta pelo sentido das práticas, isto é, pelas teorias que as enformam na sua relação com os modos concretos de existência social (pessoal e profissional), assume-se deste modo como a questão central do texto que se apresenta.
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific